28 de set. de 2020

Resenha: Ilha de vidro - Os guardiões - livro 3

ILHA DE VIDRO 
Os guardiões - livro 3
Nora Roberts
Arqueiro, 2018

SINOPSE:
ATENÇÃO: CONTÉM SPOILER, SE NÃO LEU OS DOIS PRIMEIROS VOLUMES DA SÉRIE, PARE AQUI!

Nerezza, a deusa da escuridão, ainda não desistiu de obter as Estrelas da Sorte e destruir todos os mundos. As Estrelas de Fogo e de Água já foram recuperadas pelos seis guardiões, mas resta a Estrela de Gelo, e a batalha atingirá seu clímax.

Doyle McCleary, o espadachim imortal, prometeu nunca mais voltar para casa. No entanto, quando a procura pela última estrela o leva ao condado de Clare, na Irlanda, ele deve encarar o passado. Três séculos atrás, uma tragédia o obrigou a fechar o coração para o amor, sobrando em seu peito apenas morte e solidão. Sua natureza selvagem só não é mais intensa que a de Riley... e da loba que há dentro dela. 

Arqueóloga e licantropa, a Dra. Riley Gwin não se rebaixa a ninguém. Fechada em sua biblioteca, em busca da misteriosa Ilha de Vidro, ela tenta negar a forte atração que sente por Doyle. Afinal, a última coisa de que precisa é uma distração. 

À medida que o último desafio dos guardiões se aproxima, a loba e o imortal têm que unir forças pela vida de seus amigos. Com Nerezza recuperada e furiosa, os dois vão descobrir que a melhor arma para dar fim à escuridão talvez seja o amor.      

Enfim o desfecho dessa história de aventura, romance e magia criada de um jeito convincente pela escritora Nora Roberts. Ela coloca mágico, vidente, sereia, viajante no tempo, imortal e licantropa ao lado de deusas do bem e da escuridão e o leitor se envolve, torce pelos heróis como se tudo isso fosse possível! 

E o casal da vez é o mais improvável de todos: a licantropa Riley e o imortal Doyle. Duas personagens com fortes personalidades, que se cuidam sozinhos há muito tempo e não demonstram vontade de se apaixonarem não. 

Eles seguem na busca agora da ultima estrela, a Estrela de Gelo e o cenário é a Irlanda, na atual casa do mágico Bran, onde muitos e muitos anos atrás viveu a família do imortal Doyle e onde estão guardadas lembranças de uma perda irreparável para ele. 

No romance do casal foco desse livro, vemos a construção de relacionamento afgetivo inicialmente cheio de medos e bloqueios, mas que vão sendo superados a medida que a confiança vai se fortalecendo entre eles. A amizade e afinidade dos seis guardiões nunca esteve mais forte, assim como seus corpos treinados exaustivamente e suas habilidades, praticadas na mesma proporção. O confronto e final é uma cena e tanto e o desfecho é um perfeito final feliz até para aqueles que não viam saída para seu dilema pessoal. 

Finalizada mais uma trilogia da escritora Nora Roberts! Como sempre, uma ótima leitura de entretenimento (e fuga da realidade kkk). 

8 de set. de 2020

Resenha: Pequenos incêndios por toda parte

PEQUENOS INCÊNDIOS POR TODA PARTE

Celeste NG
Intrínseca, 2018

SINOPSE:
Em Shaker Heights tudo é planejado: da localização das escolas à cor usada na pintura das casas. E ninguém se identifica mais com esse espírito organizado do que Elena Richardson.

Mia Warren, uma artista solteira e enigmática, chega nessa bolha idílica com a filha adolescente e aluga uma casa que pertence aos Richardson. Em pouco tempo, as duas se tornam mais do que meras inquilinas: todos os quatro filhos da família Richardson se encantam com as novas moradoras de Shaker. Porém, Mia carrega um passado misterioso e um desprezo pelo status quo que ameaça desestruturar uma comunidade tão cuidadosamente ordenada.

Comecei a leitura com grandes expectativas por ter lido algumas indicações na internet e a história não decepcionou, embora eu tenha achado arrastado até o meio do livro. Os capítulos são longos e isso é uma coisa que não curto nos livros.  O tema principal é o confronto social entre a (im)perfeição da vida planejada em detalhes por Elena e a vida desestruturada que leva a artista Mia e sua filha Pearl e duas maneiras distintas de exercer a maternidade. 

De um lado temos Elena Richardson que vive na planejada Shaker Heigts, onde até a altura da grama do jardim é controlada, seu marido e os quatro filhos: o popular atleta do colégio e namorador Trip, a também popular e certinha Lexie, o nerd Moody e a caçula e ovelha negra da família, Izzy. Aparentemente, todos vivendo uma vida perfeita, em uma casa maravilhosa de um bairro elegante e "socialmente correto".

Do outro lado temos Mia Warren, a fotógrafa que chega em Skaker Heigts com sua filha adolescente Pearl em um carro velho com todos os seus pertences e mobília no carro. Mia que não tem endereço fixo, muda de um lugar para o outro sempre que se sua arte precisa de uma nova inspiração (é assim que ela justifica seu modo de viver), fazendo com que a filha não tenha uma constante em sua vida no que diz respeito a amigos e a cama que dorme. 

Elena logo de início já se envolve na vida de Mia recebendo-a como inquilina em um imóvel e acolhe Pearl na família como a amiga de Moody que passa tardes e faz refeições com os Richardson. Essa amizade preocupa Mia que passa a trabalhar na casa para vigiar a filha. E os conflitos vão surgindo em diversas passagens em que fica evidente a diferença de conduta de cada uma das mães. Mia evidentemente guarda um grande segredo e enfrenta o peso dessa situação a cada pergunta que tem que se esquivar, inclusive quando a filha questiona sobre seu pai. O estilo de vida de Mia só reforça para o leitor que ela tem algo muito sério a esconder. 

Um história paralela surge quando um casal de amigos de Elena tem a guarda da filha adotiva de um ano questionada na justiça pela mãe adotiva que teria abandonado a bebê em uma estação dos bombeiros. Mais uma situação que divide opiniões tanto na comunidade como dentro da casa dos Richardsons e das Warren. 

A personagem mais intrigante para mim é Izzy, a caçula de Elena com quem ela não sente afinidade. A garota é rebelde e faz de tudo para provocar a mãe, além de não se encaixar no perfil perfeitinho que ela idealizou para os filhos. Izzy se aproxima de Mia ao passo que Pearl se aproxima demais da familia modelo de Shaker. Já no primeiro capítulo do livro vemos a casa dos Richardson em chamas e a pergunta: onde está Izzy? Ela já sendo apontada como a responsável pelo incêndio que destruiu tudo e começou quando Elena ainda dormia. 

O livro foi adaptado para a TV trazendo no elenco duas ótimas atrizes: Reese Witherspoon e Kerry Washington. Com Kerry no elenco um novo tema foi incluído na série: racismo. Apesar de no livro o namorado de Lexie ser negro, não há grandes discussões sobre o tema. Li que a autora aprovou a alteração e disse não ter abordado o racismo por não ser seu lugar de fala. Eu confesso que achei que na série o tema acabou se destacando e ofuscando um pouco as discussões sobre a maternidade e sociedade que são a base do livro. Mas são abordagens diferentes. 

Se você ficou curioso para assistir a série, ela está disponível na Amazon Prime.

25 de ago. de 2020

Resenha: Objetos cortantes

 

Objetos cortantes

Gillian Flynn

Intrínseca, 2015

SINOPSE:

Camille Preaker é repórter em Chicago e, a pedido de seu editor, Frank Curry, retorna a sua pequena cidade natal para investigar um mistério envolvendo a morte de uma menina e o desaparecimento de outra. Curry acredita se tratar de um caso de assassinatos em série que, com cobertura perspicaz, daria prestígio e destaque ao jornal. 

Hospedada na casa da família, Camille precisa reaprender a conviver com a mãe, o padrasto e a meia-irmã, além de lidar com as memórias difíceis de sua infância e adolescência que tanto quis esquecer.

Enquanto trabalha para descobrir a verdade por trás desses crimes violentos e enviar a matéria par o jornal, Camille acaba se identificando, até demais, com as jovens vítimas. Assim, para terminar o trabalho, manter a sanidade instacta e sobrevier à estadia na cidade natal, a repórter terá que montar o quebra-cabeça psicológico do próprio passado e confrontar o que lhe aconteceu tantos anos atrás. 

Objetos Cortantes é uma boa história sobre temas pesados como assassinatos de crianças e pessoas que se cortam (as cruéis que gostam de infringir dor aos outros e as que necessitam se ferir) mas demora para engrenar.  Eu me empolguei com a leitura da metade para frente. Até uma boa parte do livro eu não fazia ideia do que o título tinha a ver com os crimes investigados pela repórter Camille. Ela mora em Chicago e retorna a pequena cidade em que cresceu para investigar o assassinato de uma menina e o desparecimento de outra garotinha. A relação com sua mãe é péssima e ela não se sente nem um pouco acolhida na família. Sua meia irmã é uma adolescente mimada excessivamente pela mãe e cruel com as outras meninas da escola. É uma menina de treze anos que se droga e se insinua sexualmente para os homens e dentro de casa, brinca com casinha de bonecas.

Camille começa a investigar os crimes e aos poucos vai se revelando coisas do seu passado... até que o titulo faz total sentido! Uma grande dor em seu passado é a perda da irmã que desde pequena era doente e tinha toda a atenção e cuidados da mãe, enquanto ela nunca se sentiu amada. Mas a personagem me irritou pelo modo como reagia à meia-irmã adolescente.  Apesar de seu passado de perda e sofrimento, achei seu comportamento perante a Amma muito submisso em algumas passagens, deixando a impressão de algo nada plausível.  Mas isso não tira o valor da história e da escrita fluída da escritora. 

Objetos Cortantes é uma história intrigante que aborda o tema sério e difícil que é a automutilação, além da crueldade humana, a insanidade, da existência de família disfuncionais entre outras coisas. Uma leitura que vale a pena!



20 de ago. de 2020

Resenha: Baía dos Suspiros - Os guardiões Livro 2

BAÍA DOS SUSPIROS
Os guardiões Livro 2
Nora Roberts
Arqueiro, 2018

SINOPSE:
ATENÇÃO: CONTÉM SPOILER. SE VOCÊ NÃO LEU ESTRELA DA SORTE, PARE POR AQUI!

Para celebrar a ascensão ao trono de sua nova rainha, as deusas da lua criaram três estrelas, de fogo, água e gelo. Mas a deusa da escuridão as fez cair do céu, pondo em risco o destino de todos os mundos. Os seis guardiões, três homens e três mulheres de natureza especial, seguem unindo forças na busca pelas estrelas.

Com sua bússola mágica, Sawyer King os transporta para a ilha de Capri, onde está escondida a Estrela de Água. Agora, eles vão precisar contar ainda mais com a sereia Annika. Nova neste mundo, sua pureza e beleza são de tirar o fôlego, assim como sua lealdade e disposição em proteger os novos amigos.

Sawyer logo se vê atraído por seu espírito alegre. Mas Annika deve voltar para o mar em breve, e ele sabe que, se permitir que ela entre em seu coração, nenhuma bússola será capaz de guiá-lo para a terra firme…

Enquanto isso, na escuridão, Nerezza está furiosa com a primeira derrota e planeja um retorno ainda mais maligno. Ela perdeu uma estrela para os guardiões, mas ainda há tempo para derramamento de sangue. Pois uma nova arma está sendo forjada. Algo mortal e imprevisível.

Esse é o segundo volume da trilogia Os Guardiões que mistura romance, aventura e fantasia como só a Nora Roberts sabe fazer. 

Seguindo o estilo da escritora, um novo casal é foco em cada livro e dessa vez temos o viajante Sawyer e a sereia Annika. Ah, essa sereia é uma personagem encantadora: alegre, disposta e deslumbrada com as descobertas do mundo em terra firme. Não tem como não gostar dela!

Com a primeira estrela já encontrada e guardada em um local seguro pelo mago Bran, os seis guardiões parte para a ilha de Capri procurar a Estrela de Água. E é nesse cenário que Sawyer começa a baixar a guarda e se deixar envolver com a fascinante sereia (que vê tudo com simplicidade, inclusive o sexo recém descoberto agora com pernas).

Mas eles não são os únicos que estão se preparando: a vencida Nerezza está recuperando forças e criando um novo aliado: Malmon. Um velho conhecido de Sawyer que caiu nas garras da deusa e está sendo preparado para enfrentar os guardiões. 

Esse volume é uma ligação entre a apresentação inicial dos personagens e o desfecho da história, sendo que as buscas e batalhas não se diferenciam muito do primeiro volume, ficando a novidade pelo romance do casal da vez. É sempre legal ver a condução no romance que a escritora dá, criando laços, derrubando barreiras e no final vencendo o amor. Afinal, é uma história de finais felizes! Daquelas que a gente gosta de ler mesmo, assumidamente!

O próximo e último volume é Ilha de Vidro. 


15 de ago. de 2020

Resenha: A pequena livraria dos sonhos

A PEQUENA LIVRARIA DOS SONHOS
Jenny Colgan
Arqueiro, 2019

SINOPSE:
Nina Redmond é uma bibliotecária que passa os dias unindo alegremente livros e pessoas – ela sempre sabe as histórias ideais para cada leitor. Mas, quando a biblioteca pública em que trabalha fecha as portas, Nina não tem ideia do que fazer.

Então, um anúncio de classificados chama sua atenção: uma van que ela pode transformar em uma livraria volante, para dirigir pela Escócia e, com o poder da literatura, transformar vidas em cada lugar por que passar.

Usando toda a sua coragem e suas economias, Nina larga tudo e vai começar do zero em um vilarejo nas Terras Altas. Ali ela descobre um mundo de aventura, magia e romance, e o lugar aos poucos vai se tornando o seu lar.

Um local onde, talvez, ela possa escrever seu próprio final feliz.

Se você está procurando uma leitura gostosa, leve e que aquece o coração do leitor, você acaba de encontrar! A pequena livraria dos sonhos é uma delícia do começo ao fim!

Esse livro de capa maravilhosa da escritora Jenny Colgan e publicado pela Arqueiro conta a história da bibliotecária Nina que vê seu emprego desaparecer e tem uma louca ideia de montar uma livraria em uma van e rodar a Inglaterra vendendo livros. O problema é que a van que ela quer está na Escócia! Sempre vista pelos amigos como uma pessoa tranquila, caseira e acomodada, Nina surpreende a todos (e a ela mesma) ao partir para as Terras Altas com todas as suas economias e seu estoque de livro que acumulou ao longo dos anos e outros que ela conseguiu no fechamento da biblioteca em que trabalhava. 

Ai começa a aventura dessa jovem apaixonada por livros pelas encantadoras Terras Altas, com sua natureza abundante e seu povo acolhedor. Os personagens da história são ótimos, desde a  sua melhor amiga e pé no chão Surinder até os escoceses que conhece na pequena cidade Kirrinfief. 

Nina começa a realizar seu sonho profissional, mas o sonho de um grande amor ainda parece ser algo distante em sua vida, embora na pequena cidade não falte homens solteiros disponíveis, segundo Surinder "há cinco homens para cada mulher". Mas um romance como ela está acostumada a ler nos livros não parece ser tão possível assim...

Falando sobre a escrita da Jenny Colgan, esse é o primeiro livro dela que leio e posso afirmar que ela escreve de maneira suave e fluida fazendo com que  a leitura seja prazerosa e fácil. E o tema é puro deleite para amantes dos livros (como nós!): a transformação que os livros promove na vida das pessoas, o prazer relatado quando um personagem se apaixona por um livro ou encontra o seu livro da vida, o desejo de termos todos os livros do mundo e por ai vai... Você com certeza vai se identificar com muita coisa. 

Nem preciso finalizar dizendo que eu indico A pequena livraria dos sonhos, não é mesmo?

29 de jul. de 2020

Resenha: De sangue e ossos

De Sangue e ossos
Crônicas da Escolhida - livro 2
Nora Roberts
Arqueiro, 2020

SINOPSE:

Um novo poder está surgindo 
Fallon Swift pouco conhece do mundo que existiu antes da Catástrofe. As cidades estão destruídas, gangues de criminosos e de fanáticos religiosos cruzam as estradas à procura de sua próxima vítima e aqueles que têm poderes mágicos como ela continuam sendo caçados. 

Prestes a completar 13 anos, Fallon sabe que se aproxima o dia em que sua verdadeira natureza, sua identidade como A Escolhida, será revelada. No meio da floresta, ela começará seu treinamento sob a orientação do feiticeiro Mallick, que vem apurando as próprias habilidades ao longo de séculos. 

A menina aprenderá métodos antigos de cura e técnicas de luta, conviverá com fadas, elfos e metamorfos e precisará descobrir dentro de si um poder que nunca imaginou possuir. Quando o momento certo chegar, Fallon vai empunhar a espada e o escudo e partir para cumprir sua missão. 

Até que ela cresça o suficiente para se tornar a mulher que está destinada a ser, o mundo continuará em perigo. Fallon Swift é A Escolhida, e só ela poderá salvar a humanidade.

Nessa sequência de Ano Um, vemos o mundo já adaptado a nova ordem que se estabeleceu após a Catástrofe com comunidades tentando sobreviver. O vírus já não circula mais, mas a escuridão continua a solta com Rapinantes e Guerreiros da Paz matando os incomuns, o que restou do governo, capturando e torturando os que possuem magia. 
Fallon já é uma adolescente e se aproxima o dia de deixar sua família e seguir Mallick para seus dois anos de intenso treinamento. A maior parte da história do livro 2 é sobre a vida de Fallon com Mallick, mas tem várias passagens que aquecem o coração do leitor que mostram os moradores de Nova Esperança! Os gêmeos Duncan e Antonia estão mais poderosos e é uma delícia vê-los em ação nas diversas missões que assumem na comunidade que prosperou durante os anos que passaram. Temos surpresas com alguns casais que se uniram e formaram famílias. E decepções com traições e ataques a paz da comunidade. 

A escolhida vê seu poder se tornar cada dia mais intenso e a compreendê-lo melhor e aguarda o dia de partir novamente, dessa vez para cumprir o seu destino, que pode estar bem entrelaçado com o do jovem Duncan.... 

Quando vi os três jovens bruxos disparando pelo mundo afora em uma busca, foi inevitável a minha comparação com Harry Potter aparatando com Rony e Hermione. E tem outras coisinhas que também me fizeram lembrar da saga! Não sei se foi viagem minha, mas vi referências sim! 

Agora estou a espera do lançamento do terceiro livro, a Ascensão da Magia que tinha previsão de lançamento somente em 2021. Vamos aguardar!






15 de jul. de 2020

Resenha: Ano um

Ano Um
Crônicas da Escolhida - Livro I
Nora Roberts
Arqueiro, 2019

SINOPSE:
Tudo começa na noite de Ano-Novo. A doença se alastra rapidamente. Em questão de semanas, a rede elétrica para de funcionar, as leis e o sistema de governo entram em colapso e mais da metade da população mundial é dizimada.

Onde existia ordem, agora só há caos. E conforme o poder da ciência e da tecnologia diminuíam, a magia crescia e tomava o seu lugar. Uma parte dessa magia é boa, como a feitiçaria praticada por Lana Bingham no apartamento que divide com o amante, Max. Outra parte dela, no entanto, é inimaginavelmente maligna, e pode se esconder em qualquer canto, numa esquina, nos fétidos túneis sob o rio ou dentro daqueles que você mais ama e conhece…

Espalham-se rumores de que nem os imunes nem os dotados estão a salvo das autoridades que patrulham as ruas devastadas, então Lana e Max resolvem deixar Nova York. Outros viajantes também seguem esperançosos para o oeste: Chuck, um gênio da tecnologia que mantém o bom humor em um mundo off-line; Arlys, uma jornalista que insiste em buscar e registrar a verdade; Fredinha, uma jovem com um otimismo que parece fora do lugar nessa paisagem desoladora; Rachel e Jonah, médica e paramédico, determinados a proteger uma jovem mãe e seus três bebês recém-nascidos.

Em um mundo em que cada estranho no caminho pode representar a morte ou a salvação, nenhum deles sabe o que encontrarão. Porém, um novo horizonte os aguarda, a concretização de uma profecia ancestral que transformará a vida de todos os sobreviventes.

O fim chegou. O início é o que vem agora.

Ano Um foi para a minha lista de leitura imediatamente após eu ler sobre seu lançamento, mas só tive a oportunidade de ler recentemente. É a primeira distopia escrita pela Nora Roberts e ela deu conta do recado brilhantemente! O livro inicia a trilogia Crônicas da Escolhida e começa com um vírus altamente mortal que se espalha pelo mundo rapidamente e elimina a maior parte da população mundial. Nesse momento você deve estar se perguntando o porquê de eu ter escolhido esse livro em plena pandemia COVID-19! Nem eu sei kkkk

O começo da história é assustador com o caos instalado no mundo: vírus letal, morte em poucos dias, violência extrema nas ruas. Ao mesmo tempo que o vírus foi liberado, algumas pessoas começaram a sentir o despertar de um poder desconhecido: magia. Mas como toda magia, essa também tem dois lados. Enquanto muitos escolheram o caminho da luz, outros preferiram a escuridão, o terror, o assassinato e a violência. 

Em meio a esse cenário, os personagens principais da trama vão se destacando. Lana e o namorado Max, ambos bruxos (do bem!). A médica Rachel e o paramédico Jonah. Katie, a mãe de três bebês nascidos durante a catástrofe, Fredinha e Arlys, entre outros que serão os responsáveis por páginas e páginas de luta, de coragem e recomeço. 

Quem já é leitor da Nora Roberts sabe como ela cativa nas histórias com magias e Ano um não é diferente. E como essa trilogia se chama Crônicas da Escolhida, quem seria essa tal escolhida e pra que? Há rumores de que uma criança chegará nessa nova ordem social para enfrentar o poder maligno que se apossou de muitos. Um pouco de esperança em meio a tanto sofrimento e medo. 

E ai, se interessou por essa história? Eu recomendo e já estou lendo o segundo volume: De sangue e ossos, lançado em janeiro desse ano.









6 de jul. de 2020

RESENHA: CORRA, ALEX CROSS

CORRA, ALEX CROSS
James Patterson
Arqueiro, 2014

SINOPSE:

Um cruel assassinato na escuridão
Dentro de um estacionamento em Georgetown, uma mulher é esfaqueada e trancada no porta-malas do próprio carro. Como assinatura, o criminoso corta os cabelos louros da vítima e os deixa espalhados pelo corpo. Designado para o caso, o detetive Alex Cross nem imagina que esse é apenas o primeiro de uma série de pesadelos.

Uma mulher é morta e um bebê desaparece
No mesmo dia, Alex Cross é chamado para uma segunda cena de crime: uma jovem enforcada do lado de fora do sexto andar de um edifício. Assim que a legista responsável descarta a possibilidade de suicídio e informa que a vítima deu à luz recentemente, Cross descobre que não está lidando apenas com um homicídio, mas também com um caso de sequestro.

Alex Cross precisa deter três assassinos

Três dias depois, o corpo de um rapaz é descoberto em uma doca, baleado e com meia dúzia de perfurações ao redor da área genital. Quando os rumores de três assassinos em série se alastram pela cidade de Washington e novas vítimas são encontradas a cada dia, a pressão recai nos ombros de Cross. Uma pressão tão forte que pode afetar sua concentração a ponto de ele não conseguir evitar um perigo mortal que se aproxima de sua família.

Um de meus gêneros preferidos são os romances policiais, cheios de mistérios e reviravoltas. Além do Harlan Coben, de quem sou fã declarada, outro autor do gênero que curto muito é o James Patterson. Tem duas séries dele que são incríveis: Alex Cross e Clube das Mulheres contra o Crime. 

Essa é mais uma história do detetive Alex Cross, um renomado policial com PhD em Psicologia. Desta vez, Alex terá que investigar assassinatos que apontam para três criminosos diferentes, além de lidar com um complicado problema familiar. 

Sabe aquelas histórias em que o assassino é apresentado ao autor já no início, sem mistério? Então, essa história é bem assim. Os três criminosos são identificados para o leitor e não há dúvida sobre a culpa de cada um deles. O suspense fica por conta de qual será a próxima ação dos assassinos e suas reais motivações  e todo aquele inteligente jogo de pistas deixadas para trás e como a polícia as encontra e interpreta.

Dessa vez, Alex chega a ser incriminado por um dos assassinos e se vê afastado da investigação em seu momento mais crucial. No âmbito familiar, a filha adotiva da família Cross, uma jovem orfã de mãe envolvida com drogas, enfrenta problemas da mesma natureza, colocando toda a família em alerta e sofrimento pela menina. 

Um das coisas que gosto no estilo do autor é a riqueza de detalhes nas cenas importantes. Ele consegue descrever o sentimento dos personagens com muita clareza e nas cenas violentas, chega até a incomodar o leitor, tamanha é a veracidade que ele passa.

Se você curte suspenses policiais, eu recomendo ler a série Alex Cross! 

2 de jul. de 2020

RESENHA: A VIÚVA DE SAFIRA



A VIÚVA DE SAFIRA
Dinah Jefferies
Paralela, 2019

SINOPSE:
O ano é 1935. No Ceilão, uma rica colônia britânica do sul da Ásia, Louisa e Elliot vivem um casamento feliz. Ela, filha de um importante comerciante da região; ele, um charmoso homem de negócios. Juntos, eles aparentam ser um casal que tem tudo. Exceto aquilo que mais desejam: um filho.

Durante as diversas tentativas de Louisa de engravidar, seu marido parece cada vez mais distante, passando a maior parte do tempo em uma fazenda de canela das redondezas. Mas a morte repentina de Elliot -- tão trágica quanto misteriosa -- é seguida de revelações chocantes, atirando a jovem numa espiral de incertezas. Quem era, de fato, aquele homem? Por que ele tinha tantos inimigos? Como foi capaz de cometer uma traição tão terrível?

Em busca de respostas, Louisa embarca em uma jornada devastadora. Quando finalmente descobre o terrível segredo por trás de seu casamento, seu mundo vira de cabeça para baixo. Será que ela encontrará forças para seguir em frente? Ou sofrerá, para sempre, as consequências do que parece imperdoável?

A Viúva de Safira é uma história escrita por Dinah Jefferies, conhecida pelo livro O perfume da folha de chá. Neste novo livro, ela volta a ambientar a trama no Ceilão do início do século passado. Louisa é uma jovem esposa que carrega a dor de ter sofrido abortos e sua última gravidez resultar em uma criança natimorta. Ela sofre pelos filhos perdidos, mas o amor pelo marido Elliot e seu sólido e feliz casamento são a sustentação para que ela siga em frente. 

No dia em que comemoraria mais um aniversário de casamento com uma festa para amigos em sua casa, ela recebe a notícia do falecimento do marido em um trágico acidente de carro. E a partir daí ela começa a descobrir segredos do marido que a fazem questionar se viveu os últimos anos mergulhada em mentiras e iludida com um casamento nada feliz. 

Louisa já tinha uma relação complicada com a sogra e tudo se agrava depois da morte de Elliot. Seu apoio é a cunhada Margot, uma personagem ótima que trás um respiro  para Louisa. Seu pai, Jonathan é também um grande apoiador e muito presente na vida dela. Ele trabalha com lapidação de pedras preciosas e Elliot trabalhava com o sogro, além de ter outros negócios.

Uma personagem querida que retorna nessa história é Gwen, a protagonista de O perfume da folha de chá. Amiga de Louisa, ela oferece apoio e companhia nos momentos em que Louisa mais precisa. Com uma bebê nos braços, Gwen ainda sofre pela perda da primeira filha e seus conselhos são preciosos para a amiga. Da mesma forma que Gwen retorna, toda a ambientação da história no antigo Ceilão está de volta com as descrições da autora nos fazem viajar para aquela região. Enquanto na história de Gwen podíamos sentir o aroma do chá na fazendo de seu marido Lawrence, agora sentimos o aroma da Canela, nas plantação de Leo! 

Leo surge na vida de Louisa de maneira inesperada e representa a sua chance de amar novamente. Ele é um personagem forte, um pouco enigmático e muito cativante. Tem suas marcas do passado e vivia sozinho na fazenda de canela até sua prima Zinnia ir morar na fazenda levando seu filho Connor. 

Entre as tantas traições de Elliot, uma se revela a mais grave e dolorida possível e é diante dessa descoberta que Louisa tem que ressignificar toda a sua vida. 

A viúva de Safira é uma história de perdas, traição e recomeços escrita de forma delicada e envolvente, em um ambiente sedutor que estimula a nossa imaginação. Alguns acontecimentos são previsíveis, mas a maneira como eles transcorrem e são narrados criam uma linda história. 

É o terceiro livro que eu leio dessa autora, os três publicados pela Paralela no Brasil. Além de O perfume da folha de chá (conheça aqui), foi publicado Antes da tempestade (saiba mais aqui)




23 de jun. de 2020

RESENHA: ANNE DE GREEN GABLES

ANNE DE GREEN GABLES
L. M. Montegomery
Autêntica, 2020

SINOPSE:
 Quando os irmãos Marilla e Matthew Cuthbert, de Green Gables, na Prince Edward Island, no Canadá, decidem adotar um órfão para ajudá-los nos trabalhos da fazenda, não estão preparados para o “erro” que mudará suas vidas: Anne Shirley, uma menina ruiva de 11 anos, acaba sendo enviada, por engano, pelo orfanato. Apesar do acontecimento inesperado, a natureza expansiva, sempre de bem com a vida, a curiosidade, a imaginação peculiar e a tagarelice da menina conquistam rapidamente os relutantes pais adotivos. O espírito combativo e questionador de Anne logo atrai o interesse das pessoas do lugar – e muitos problemas também. No entanto, Anne era uma espécie de Pollyanna, e sua capacidade de ver sempre o lado bonito e positivo de tudo, seu amor pela vida, pela natureza, pelos livros conquista a todos, e ela acaba sendo “adotada” também pela comunidade. 

Publicada pela primeira vez em 1908, esta história deliciosa, que ilustra valores fundamentais como a ética, a solidariedade, a honestidade e a importância do trabalho e da amizade, teve numerosas edições, já tendo vendido mais de 50 milhões de cópias em todo o mundo. Foi traduzida para mais de 20 idiomas e adaptada para o teatro e o cinema. Mais recentemente, inspirou também a série Anne com E, já com três temporadas na Netflix.

Quem assistiu a série Anne with an E na NETFLIX, com certeza se apaixonou por essa ruiva falante, sonhadora e poética! E desse encantamento pela série, surgiu naturalmente a minha vontade de ler os livros. O primeiro é Anne de Green Gables, no qual as três temporadas foram inspiradas. 

A escritora, Lucy Maud Montegomery (1874-1942) perdeu sua mãe aos 2 anos de idade e foi morar com seus avós idosos e encontrou apoio na sua imaginação fértil, na natureza e na escrita (já viu essa história?) . Em 1905 ela escreveu Anne de Green Gables, mas só conseguiu publicá-lo dois anos depois e foi um grande sucesso. 

Anne é uma garota órfã que depois de morar em lares adotivos (que a fizeram de empregada) e no orfanato, foi enviada para Green Gables para ser adotada pelos irmãos Marilla e Mattew. Eles na verdade pediram para o orfanato enviar um rapaz que pudesse ajudá-los nas obrigações da fazenda, mas por um engano (ou não?) é a falante Anne quem está na estação a espera de Mattew. Sem saber o que fazer, ele a leva para casa para que sua irmã decida o destino da garota. O que ele não contava é que no caminho seu coração já se abriria para a menina que não parou um segundo de falar e de maravilhar com a cada pedacinho da natureza a sua frente.

"Não é maravilhoso pensar em todas as coisas que ainda temos que aprender? Isso só me faz sentir feliz por estar viva... o mundo é tão interessante... Não ia ser nem metade tão interessante se a gente soubesse tudo sobre todas as coisas, não acha? Não iam existir muitas oportunidades para a imaginação, não e? As pessoas sempre dizem que eu falo demais.O senhor prefere que eu fique calada?"

"Minha vida é um cemitério de esperanças enterradas". Li essa frase num livro uma vez, e sempre que estou desapontada por algum motivo, repito isso para mim mesma, para me consolar.

De início Marilla não aceita ficar com Anne, mas depois de conhecer um pouco a sua triste história, seu coração vai amolecendo e ela deixa a menina ficar. Anne começa a viver em Green Gables, frequentar a escola, fazer amigos e arrumar confusão a todo momento. O primeiro livro narra a vida de Anne até seus 16 anos, com desafios de auto aceitação e de encontrar seu lugar na comunidade. Ela odeia seu cabelo ruivo, suas sardas e se sente feia perto das amigas da escola. Mas ela é inteligente, esperta e cativante! 


Para quem assistiu a série, o livro é bem diferente. Podemos dizer que a série se baseou na essência dos personagens, mas criou cenários mais dinâmicos e com temas que no início do século XX, dificilmente uma jovem escritora se arriscaria. Homossexualismo, lutas feministas, mulheres independentes são alguns exemplos.

Outra coisa que senti falta nesse livro é a amizade entre Anne e Gilbert, além das aventuras desse fora de Avonlea, de suas aspirações pela medicina e de sua amizade incrível com Sebatian (outro personagem que não temos no livro). Anne e Gilbert formam um casal cativante, enquanto no livro eles são apenas rivais nos estudos e inimigos quase declarados (pelo menos por enquanto, no próximo livro acredito que tudo vai mudar). 

Quem espera que o livro seja igual a sua adaptação irá sentir falta daquela sequência de acontecimentos importantes que movimentam a cidade. A história escrita tem um ritmo mais lento, com mais detalhes. É uma leitura gostosa que me deu a sensação de um reencontro com aquela ruivinha cativante. 

Após três temporadas e apesar do enorme sucesso entre os fãs, a série foi cancelada, mas há rumores de uma quarta temporada produzida pela própria Netflix que teria comprado os direitos da história. 
Vamos aguardar. 

Alguns dos personagens do livro em suas versões para a televisão:

Anne, Marilla e Mattew

Anne e sua amiga do peito, Diana

Gilbert e Anne

9 de jun. de 2020

RESENHA:QUANDO ELA SE FOI

QUANDO ELA SE FOI
Harlan Coben
Arqueiro, 2011

SINOPSE:
Dez anos atrás, Myron Bolitar e Terese Collins fugiram juntos para uma ilha. Durante três semanas, eles se entregaram um ao outro sem pensar no amanhã.
Depois disso, os dois se reencontraram apenas uma vez, quando Terese ajudou Myron a salvar seu filho e então foi embora, sem deixar vestígios. Agora, no meio da madrugada, ela telefona:“Venha para Paris.” 
Terese pede a ajuda de Myron para localizar o ex-marido, Rick Collins, que telefonara depois de anos implorando que ela o encontrasse na capital francesa. Eles logo descobrem que Rick foi assassinado e que Terese é a principal suspeita. 
Porém algo ainda mais atordoante é revelado: perto do corpo havia longos fios de cabelo louros e uma mancha de sangue que o exame de DNA revelou pertencer à filha do casal. Só que sua única filha morrera em um acidente de carro muitos anos antes. 
Logo Myron se vê perseguido nas ruas de Paris e de Londres. As agências de segurança de quatro países parecem querer as mesmas informações de que ele precisa para desvendar a morte de Rick e o destino da filha que Terese pensava ter perdido para sempre. 
Em uma busca desesperada, Harlan Coben cria um mundo de armadilhas imprevisíveis em que conflitos religiosos, política internacional e pesquisas genéticas se mesclam a amizade, perdão e a chance de um novo começo.

Mais uma aventura de Myron Bolitar para conta! Dessa vez, Myron se vê correndo para França para ajudar Terese. Terese que o amou por três semanas incríveis e depois sumiu! Agora ela precisa da ajuda dele para encontrar seu ex-marido que desapareceu misteriosamente.

Coben nos trás nessa história uma mistura de sentimentos do protagonista que sofreu no passado quando ela partiu e agora vê a chance de um reencontro e talvez a retomada de sua história em comum. 

O desaparecimento do ex-marido de Terese leva á uma série de acontecimentos estranhos e perigosos. Myron e Terese têm suas vidas ameaçadas e, mais uma vez, com a ajuda do amigo Win eles desvendam o mistério.

O ritmo dos acontecimentos em Paris é dinâmico e envolvente. A narrativa de Myron tem ótima sacadas repletas de sarcasmo! Essa é uma característica do personagem que curto bastante. Dá um tom de leveza na trama, apesar dos temas tensos.

A grande pergunta do livro é onde estaria a jovem que aparentemente é a filha de Terese que teria morrido em um acidente de carro. E a resposta não é nem um pouco esperada! O final me surpreendeu.

Como sempre eu digo e repito: Harlan Coben é sempre uma experiencia de leitura incrível!

1 de jun. de 2020

RESENHA: AINDA SOU EU

AINDA SOU EU
Jojo Moyes
Intrínseca, 2018


SINOPSE:
Lou Clark chega em Nova York pronta para recomeçar a vida, confiante de que pode abraçar novas aventuras e manter seu relacionamento a distância. Ela é jogada no mundo dos super-ricos Gopnik - Leonard e a esposa bem mais nova, e um sem-fim de empregados e puxa-sacos. Lou está determinada a extrair o máximo dessa experiência, por isso se lança no trabalho e, antes que perceba, está inserida na alta sociedade nova-iorquina, onde conhece Joshua Ryan, um homem que traz consigo um sopro do passado de Lou.
Enquanto tenta manter os dois lados de seu mundo unidos, ela tem que guardar segredos que não são seus e que podem mudar totalmente sua vida. E, quando a situação atinge um ponto crítico, ela precisa se perguntar: Quem é Louisa Clark? E como é possível reconciliar um coração dividido?
Ler essa sequência de Como eu era antes de você e Depois de você (resenha aqui) foi para mim um delicioso reencontro com essa personagem que eu gosto muito, a Lou!
Ainda namorando o Sam, Louisa se muda para New York para trabalhar com seu amigo, o enfermeiro de Will, Natan. Ela passa a morar no apartamento luxuoso da família Gopnik, como assistência de Agnes, uma mulher complicada. A vida de Lou é totalmente tomada pelo trabalho, no qual ela se dedica com uma lealdade impar. 
No pouco que ela tem de vida social, ela conhece um jovem que é a cara de Will e isso, lógico, balança as estruturas dela. Enquanto tenta conciliar seu namoro a distância, o cíume que sente da nova parceira de Sam e a atração por Josh, Lou enfrenta problemas no trabalho e se vê sozinha e desamparada naquela imensa cidade. 
Ainda sou eu, mostra a Lou como a conhecemos em sua essência: otimista, alegre, leal e batalhadora. Will ainda é uma presença forte em seus pensamentos. Ela ama Sam, sente falta da família, se sente vulnerável perante a semelhança de Josh com o grande amor de sua vida, mas apesar de tudo, ela não desiste e vai conquistando seu espaço. 
Eu adorei esse reencontro com a personagem! Claro, nenhum das duas sequências supera o livro inicial com sua história impactante e cativante. Mas é sempre bom rever nossos personagens queridos e saber como a vida deles seguiram. 



27 de mai. de 2020

RESENHA: A GAIOLA DE OURO


A GAIOLA DE OURO
Camila Läckberg
Arqueiro, 2020

SINOPSE:
A vingança de uma mulher é bela e brutal

Jack e Faye começaram a namorar na faculdade: um garoto criado em berço de ouro e uma jovem que se esforçou para enterrar um passado sombrio. Quando ele decide criar uma empresa, ela deixa os estudos e passa a trabalhar de dia, dedicando as noites a traçar a estratégia do novo negócio.

A companhia se torna um sucesso bilionário, mas Faye se sente como um lindo pássaro preso numa gaiola, apenas cuidando da filha em casa e sendo exibida pelo marido, que toma todas as decisões da empresa. Jack agora despreza sua inteligência, esquecendo tudo o que ela sacrificou por ele.

Quando Faye descobre que ele tem um caso, a bela fachada de sua vida desmorona. De uma hora para outra, ela está sozinha, emocionalmente abalada e sem nenhum centavo – porém nada pode se comparar à fúria de uma mulher com um passado violento determinada a se vingar

Jack está prestes a receber o que merece, e muito mais.

Camila Läckberg é uma escritora sueca, autora do sensacional A princesa de gelo (saiba mais aqui) e de mais outros livros policiais incríveis (alguns publicados no Brasil pela Editora Planeta). A gaiola de ouro é um lançamento da Editora Arqueiro e trás a escritora novamente com uma história intrigante e surpreendente. 

"Como eu disse, um médico deve avaliar com base naquilo que foi encontrado no local do crime. Mas, até agora, tudo aponta para uma direção: Jack, seu ex-marido, matou a filha de vocês".

Faye é  uma jovem mulher que deixou sua cidade natal após uma tragédia familiar (da qual só saberemos totalmente no final do livro) e se muda para Estocolmo onde conhece sua melhor amiga Chris e seu futuro marido, Jack. Ela muda de nome e esconde de todos "o que ela realmente é". Essa é uma das perguntas que o leitor se faz ao longo da leitura: o que ela esconde de seu passado com a família que é tão grave?

Estudante de economia, Faye é destaque nos estudos, muito inteligente e é a principal mentora e apoiadora de Jack e seu amigo Henrik na fundação da uma empresa inovadora que os coloca no topo do empresariado sueco, a Compare. 

Faye abre mão dos estudos e de sua vida profissional em favor da empresa e se torna uma dona de casa dedicada e mãe cuidadosa da pequena Julienne. Tudo do jeitinho que o marido deseja. Ela se anula totalmente e tem diversas passagem que dá muita raiva da forma abusiva como ele a trata.

Até que ela descobre que está sendo traída. Ai começa uma reviravolta na vida dela que passa a ter como seu único objetivo, destruir Jack e a amante (agora esposa). 

A história é contada com flashbacks do passado de Faye com a família e no início de sua vida em Estocolmo com a melhor amiga e um namorado. Enquanto lia, sentia empatia com a Faye pelos absurdos do marido e tudo o que ele fez que foi se revelando aos poucos. Ela era uma vítima dentro daquele relacionamento, mas fora dele havia uma escuridão na personagem e indícios que algo de terrível tinha acontecido no passado.  Essa escuridão se revelou em um relacionamento dela anterior a Jack e isso me deixou com um pé atrás com ela. Jack merece toda a vingança, mas será que ela merece ser bem sucedida? Fica aí a pergunta...

Ah, aquele trecho que coloquei no início da resenha está a primeira página do livro e ficamos com ela na cabeça por toda a leitura, esperando algo acontecer e tentando entender onde se encaixa.

Tem duas coisas que incomodam um pouco no livro: alguns acontecimentos totalmente dispensáveis que ficaram perdidos no meio da trama e faltou Jack entender que tudo o que aconteceu com ele foi arquitetado pela sua ex-esposa. Era um momento de revelação da vingança de Faye que eu fiquei esperando acontecer.

Mas claro, que isso não tira o brilho da história contada tão bem pela Camila Läckberg.  E sabemos que vem mais por ai, com Asas de Prata, ainda sem data de lançamento. 

Coloca aí na sua listinha de leitura que vale muito a pena!

23 de mai. de 2020

RESENHA: ESTRELAS DA SORTE

ESTRELAS DA SORTE - Os guardiões I
Nora Roberts
Arqueiro, 2018

SINOPSE:
Sasha Riggs é uma artista assombrada por sonhos que transforma em pinturas maravilhosas, cenas que preveem o futuro. Ela nunca conseguiu assumir seu dom, mas desta vez não consegue ignorar as visões que a atormentam e viaja para a ilha grega de Corfu.

É lá que encontra as pessoas com quem sonha: um mágico, um arqueólogo, um viajante, um lutador, um solitário. Elas também foram atraídas por uma força inexplicável. Dotadas de habilidades extraordinárias, cada uma terá um papel fundamental na aventura que as espera: encontrar as míticas Estrelas da Sorte, que caíram do céu, pondo em risco o destino de todos os mundos.

Sasha é quem os mantém unidos e vê no mágico, Bran Killian, um homem de imensa compaixão. Ela tem dificuldade para lidar com sua vidência, mas Bran está lá para apoiá-la. Porém, os dois não devem desviar sua atenção da missão, pois uma ameaça sombria procura corromper tudo que está no caminho para alcançar as estrelas.


A escritora Nora Roberts é mundialmente conhecida por seus romances, mas ela também se aventura pela fantasia em algumas de suas obras. A trilogia Os Guardiões é um exemplo dessas obras que unem o romantismo com a magia. 

Nesse primeiro volume, Estrelas da Sorte, os seis protagonistas irão se reunir aos poucos,ainda com pouca confiança entre eles, mas como é de praxe nos livros dela, um casal já vai se formar e sua história será o destaque nesse início. 

A história da trilogia é a busca por três estrelas mágicas que estão escondidas na Terra. Há muito tempo atrás, três deusas criaram estrelas de presente (uma do fogo, uma do gelo e outra da água) para uma Rainha e as colocaram brilhantes no céu. Uma quarta deusa, cheia de ódio e rancor, amaldiçoou as estrelas para que um dia caíssem do céu em suas mãos e nesse dia, a lua teria seu fim e a escuridão reinaria na Terra. As deusas então derrubaram as estrelas do céu, escondendo-as imediatamente. Apenas no futuro, seis descendentes das deusas teriam a missão de encontrá-las e levá-las em segurança para a Ilha de Vidro e derrotar de uma vez por todas a deusa da escuridão, Nerezza.

Sasha é um jovem pintora que se sente mais confortável vivendo sozinha. Ela tem estranhas visões que sempre a assustaram e é um dos motivos de seu isolamento voluntário. Em uma das visões, ela vê uma ilha Grega e por impulso, compra uma passagem e parte para lá. 

Já na Grécia, ela começa a encontrar pessoas que já conhecia de seus sonhos e visões e que registrou em seus quadros. Riley e Bran são os primeiros a se reunirem com Sasha. Ambos estavam ali com uma missão que aos poucos foram compartilhando com ela. 
Naturalmente, os outros três guardiões chegam na cidade movidos pela mesma tarefa, a de encontrar as estrelas. 

Cada um dos guardiões tem uma habilidade especial (a de Sasha são as visões), que são reveladas aos poucos. Confesso que ai eu até achei demais... tem de tudo no grupo! De magos a seres mitológicos! Mas passado o choque inicial, você se acostuma e começa a se deliciar com esse grupo estranho e especial. 

O romance entre Sasha e Bran é o pano de fundo desse primeiro volume, enquanto se preparam para o primeiro confronto com Nerezza e buscam a primeira estrela. 

Eu me envolvi com a trama e achei os personagens bem desenvolvidos e que agem de maneira coerente com sua história pessoal e sua verdadeira natureza. Lógico que muita coisa é previsível e não há um grande mistério a ser revelado ou um final surpreendente, mas o sabor da leitura é justamente acompanhar a evolução dos personagens, o crescimento da amizade e da confiança entre eles. E essa temática mágica no ajuda a fugir um pouco da realidade (bem vinda nos tempos atuais).

A trilogia foi publicada no Brasil pela Editora Arqueiro e conta inda com os volumes: Baía dos Suspiros e Ilha de Vidro.