30 de abr. de 2014

Resenha: Uma longa jornada

Título: Uma longa jornada
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Ano: 2013
Pág: 368
ISBN: 978-85-8041-195-9

SINOPSE:
Desde que terminou com o namorado, Sophia tem evitado sair de casa, porque ele a persegue aonde quer que vá. Após muita insistência de sua melhor amiga, ela acaba cedendo e vai a um rodeio. O que não podia imaginar era que encontraria um grande amor. 
Luke é um jovem habilidoso que ajuda a mãe com todo o tipo de tarefa na fazenda da família. No entanto, um terrível acidente os deixou numa situação econômica difícil e eles podem perder a propriedade - a menos que Luke volte à ativa e vença as competições de montaria em touros.
Quando Luke e Sophia começam a se relacionar, ela não entende por que a mãe dele fica tão chateada com sua volta à arena. O que ela não sabe é que o peão guarda um terrível segredo, que pode acabar com os sonhos de todos.
Perto dali, o doce e apaixonado Ira, de 91 anos, sofre um acidente de carro. Preso nas ferragens e sem muitas esperanças de ser encontrado, vê o filme de sua vida passar diante de seus olhos e relembra os detalhes de seu longo e feliz casamento com Ruth.
Quem sabe as surpresas que a vida poderá trazer quando esses três destinos se cruzarem? Em uma longa jornada, o campeão de vendas Nicholas Sparks conta uma história emocionante e inspiradora sobre o poder que o amor tem de superar até os mais difíceis obstáculos.

Este deve ser o 12º ou 13º livro de Nicholas Sparks que eu leio. Sim, sou fã do autor, com seus romances complicados e finais inesperados, nem sempre felizes. Como já disse em uma resenha anterior, gosto da realidade das histórias que ele cria. Mas não achei Uma longa jornada um dos melhores livros dele. 
O livro conta a linda história de amor de dois casais separados pelo tempo: Ira e Ruth viveram um casamento feliz por mais de 50 anos, enquanto Sophia e Luke acabaram de se conhecer e estão descobrindo a paixão, o amor e a cumplicidade. A história dos dois casais são contadas de maneira intercalada e nos faz ficar pensando no momento em que se cruzarão e se será um acontecimento feliz ou mais uma tragédia.
Ira aos 91 anos, viúvo de Ruth, sofre um acidente de carro e fica preso no veículo, fora de vista de quem passa na estrada, machucado e em pleno inverno. Durante este período em que espera por um possível resgate, se apega a imagem da esposa falecida 9 anos antes e relembra a vida do casal. Apaixonado pela esposa, Ira não sabe viver sem ela que foi seu porto seguro durante toda a sua vida. Seus relatos são cheios de amor e ternura, mas achei um pouco maçantes. As lembranças de Ira foram contadas detalhadamente, em um ritmo mais lento, que tem tudo a ver com o momento do personagem, mas que me desmotivou em algumas passagens, apesar da beleza da narrativa. 
Sophia acaba de sair de um namoro ao descobrir que foi traída duas vezes e encontra inesperadamente com Luke, um peão de rodeio e fazendeiro que a defende de um ataque do ex-namorado.
Luke se dedica a montaria desde pequeno, incentivado pelo pai, mas após sofrer um acidente na arena, não se sente mais seguro ou a vontade para enfrentar os touros nos campeonatos. Mas responsabilidades financeira com a fazenda da família o obrigam a enfrentar seus medos e tentar ganhar a vida como peão novamente. Neste cenário, ele conhece Sophia, "moça da cidade" e os dois se envolvem de maneira suave e romântica, tentando enfrentar os desafios de duas vidas totalmente diferentes para ficarem juntos.
Um romance inspirador que apresenta a força do amor superando decepções e obstáculos e se tornando cada dia forte. E claro, um final inesperado!
Ler Sparks é bom sempre e, apesar de não escolher Uma longa jornada como um dos meus favoritos, é um livro agradável que nos traz boas sensações e emoções.

29 de abr. de 2014

Resenha: Trilogia Cabeça de Vento

Título: Cabeça de Vento
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Ano: 2010
Pág: 319
ISBN: 978-85-01-08320-3


SINOPSE: 
Emerson se foi.
Emerson Watts não queria ir à inauguração da Stark Megastore no SoHo, mas algúem precisava tomar conta de sua irmã caçula, que está loucamente apaixonada por um astro pop britânico que daria autógrafos por lá. Além dele, uma outra pessoa muito famosa também marcaria presença... Nikki Howard, supermodelo internacional, sensação adolescente e rosto dos produtos Stark. Isso, é claro, é a receita para um desastre.
Com os belos e famosos, uma multidão apareceu para conferir a inauguração - e, em meio a pessoas comuns, alguns manifestantes resolveram demonstrar o quanto são contra o monopólio da Stark, que está acabando com o comércio de rua em toda a cidade. No meio da confusão está Emerson Watts, nerd extraordinaire.
Como ela poderia saber que esse momento mudaria toda a sua vida para sempre? Depois de um acidente terrível, Em - que já não era nenhuma rainha do baile - não é mais a mesma. Literalmente. Agora, fazer seu melhor amigo e paixão secreta notá-la como mais do que amiga é o menor de seus problemas!
Mas o que Em se recusa a aceitar pode acabar se tornando exatamente a mesma coisa que fará seus sonhos virarem realidade...
Nikki chegou para ficar.


Título: Sendo Nikki
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Ano: 2011
Pág: 319
ISBN: 978-85-01-08667-9

SINOPSE:
As coisas não estão bem para Emerson Watts.
Emerson tinha certeza absoluta de que não havia nada pior do que ser uma nerd presa no corpo de uma supermodelo adolescente.
Mas acontece que ela estava errada.
De repente, ela descobre que a mãe de Nikki está misteriosamente desaparecida, um irmão está atrás de cobrando respostas, um ex-melhor amigo pretende destruir a Stark Enterprises, e um admirador britânico não tão secreto está no too das paradas de sucesso com uma música escrita para ela.
Como Em pode equilibrar todos esses problemas e ainda lidar com a escolha e os desfiles e sessões de fotos? Especialmente com antigos namorados de Nikki aparecendo o tempo todo, querendo mais do que só uma lembrancinha, uma irmão que vai fazer qualquer coisa para entrar no campeonato de líderes de torcida, e com a empesa que paga seu salário aparentemente indo para o lado negro da força...
Sem contar que ela ainda precisa convencer o amor da sua vida de que modelos não são umas cabeças de vento... especialmente ela.
Mas ninguém disse que ela se daria bem sendo Nikki.





Antes de você começar a ler essa resenha precisa saber que a Meg Cabot é uma das minhas autoras preferidas e eu leio os livros dela desde os meus 13 anos e, provavelmente, lerei até os 53. 
Já falei aqui sobre o estilo de escrita que eu gosto.... Resumindo tudo: o jeito que a Meg escreve.  Ela tem, além desse jeito irônico e divertido, uma ideia mais inusitada que a outra para o próximo livro. Sei que as obras dela são mais voltadas para infanto juvenil, mas não consigo me desapegar dela, acho perfeito pra rir, se divertir (por poucas horas, já que quem começa, lê o livro voando) e se emocionar (já que nós sentimos dentro dos personagens). 
Escolhi falar sobre a última coleção que eu li, a trilogia Cabeça de vento. O primeiro livro tem esse nome, seguido pelo Sendo Nikki e finaliza com Na Passarela (preciso ler esse ainda!)
O enredo é sobre Emerson Watts (sim, é uma menina) totalmente sem graça e que ninguém da atenção no colégio... Até que ela se envolve num acidente com Nikki, uma super modelo totalmente sensacional. 
Olha... Quando eu vi o drama da história, até EU duvidei um pouco da Meg... Mas pode confiar, ela soube lidar com o desafio. 
O que acontece no acidente é que o cérebro de Nikki morre, mas o corpo continua intacto... Exatamente o contrário do que acontece com Emerson. E a solução dada pela empresa super poderosa da modelo é colocar Em no corpo de Nikki. 
Bizarro né? Eu também achei. 
Agora imagina que isso é um mega segredo (já que eh totalmente ilegal) e Em não pode contar para ninguém (exceto sua família) que, na verdade, ela está viva e dentro do corpo de Nikki.
É uma confusão sem tamanho. Ainda mais quando juntamos namorados, amantes e melhores amigos. Em tendo que viver como uma modelo, uma vida totalmente diferente do que ela imaginava e ter que lidar com o fato de que ela "se foi". 
O leitor vive tudo junto com a personagem.... A autora consegue criar eles de modo que todo mundo que leia, consiga se identificar nas atitudes e pensamentos. 
Passe por cima dessa voz na sua cabeça dizendo que o livro é infantil e arrisque.... Vai valer a pena! 

Juliana

24 de abr. de 2014

Resenha: A mulher do viajante no tempo

Título: A mulher do viajante no tempo
Autor: Audrey Niffenegger
Editora: Suma
Ano: 2009
Pág: 453
ISBN: 978-85-60280-40-7


SINOPSE:
A história de Henry DeTamble e Clare Abshire é a saga mágica de um casal que vive se reencontrando ao longo da vida, com idades diferentes, e não necessariamente na ordem cronológica. Ele pode ter 28 anos e ela 20; ele pode ter 40 e ela 6. Condenado por uma rara condição genética a se deslocar no tempo em momentos de grande emoção, ele vive o processo de conhecimento da mulher de sua vida às avessas. Forçados pelo destino a olhar um para o outro de ângulos novos de tempos em tempos, ele vivem uma historia de amor com características únicas.

Uma história de amor nada convencional, muito criativa, diferente e inesquecível. Li A Mulher do Viajante no Tempo em 2011 e até hoje é um dos meus favoritos. É o romance de estréia da escritora Audrey Niffenegger. 
O viajante no tempo é Henry, que tem uma característica genética que o transporta para o passado ou o futuro em momentos de forte emoção, sem que ele possa controlar. Esta condição gera uma série de encontros e desencontros ao longo de sua vida, permeada pela incerteza.
A autora criou uma história de viagem no tempo totalmente diferente de tudo. É fascinante acompanhar o desenrolar da história, pois em momento algum conseguimos imaginar o que irá acontecer. E viagem no tempo é sempre uma loucura, não é? Só para você ter uma ideia:
Henry aos 28 anos encontra Clare, com 20 anos em uma biblioteca (este encontro acontece em tempo real e não em uma das viagens dele). Para Henry é a primeira vez que estão se encontrando, para Clare, não! Quando ela tinha apenas 6 anos de idade conheceu o Henry de 36 anos. E foi este primeiro encontro dela que mudou a sua vida sempre. 
Clare vive em constante tensão, pois ao lado de Henry nada em sua vida é garantido. Ele desaparece inesperadamente em meio a um jantar ou na lua de mel e volta horas ou até dias depois, por exemplo. Suas viagens representam um constante risco, pois ele nunca sabe quando e onde vai parar. E detalhe, ele se transporta deixando suas roupas para trás. Certa vez, ele volta em uma noite extremamente fria, completamente nu em um estacionamento coberto de neve, sofrendo de forte hipotermia.
Se suas viagens são mais frequentes em momentos de emoção, você pode imaginar o dia do casamento deles? E gerar um filho é uma situaçao normal para este casal tão incomum?
Bom, eu adoro esta história com suas surpresas e emoções. Gostaria muito que você  tivesse a oportunidade de lê-lo e depois me contar o que achou.


Este livro foi adaptado para o cinema e no Brasil foi lançado com o título Te Amarei para Sempre, estrelado por Rachel McAdams e Eric Bana.

Vale a pena conferir.

Assista o trailer:
http://youtu.be/SUvYzasBGn4



23 de abr. de 2014

Resenha: Hyperbole and a half

Título: Hyperbole and a half
Autor: Allie Brosh
Editora: Planeta
Ano: 2014
Pág: 224
ISBN: 978-85-422-0307-3

SINOPSE:
Allie Brosh é a criadora do famoso blog Hyperbole and a half, que recebe milhões de visitantes todos os meses e virou febre nos Estados Unidos. Depois de muito tempo, ela finalmente resolveu reunir algumas de suas histórias mais engraçadas num livro - que, como não poderia deixar de ser, já virou best-seller entre os americanos.
Em Hyperbole and a half - Situações lamentáveis, caos e outras coisas que em aconteceram, ela apresenta alguns dos textos mais lidos e comentados em seu blog e também muito material novo, incluindo histórias sobre seus cachorros (um deles aparentemente com problemas mentais), sua luta pra lidar com a depressão e a ansiedade que insistem em dominá-la, além de anedotas hilárias sobre sua tumultuada infância. Sim, Allie foi uma criança difícil. Talvez a mais difícil de todas. Por exemplo, uma vez ela comeu um bolo inteiro só de birra porque sua mãe a proibira. E ela também atazanou a vida da família quando ganhou um papagaio de brinquedo que repetia tudo - tudo - que ela queria.
Inteligente, irônico e absurdamente engraçado, o livro traz o estilo inimitável de Allie nos textos e nas ilustrações, além de algumas de suas típicas reflexões que conquistaram o coração de inúmeros leitores.


Dessa vez eu vim aqui para falar de um lançamento, esse livro é novinho, uma delícia de ler e ótimo para dar risadas.
Hyperbole and a half é obra da blogueira Allie Brosh, dona do blog que leva o mesmo nome do livro (segue o link pra quem tiver curiosidade: http://hyperboleandahalf.blogspot.com.br/).
No blog, a autora conta várias histórias loucas e engraçadas que já aconteceram com ela. E, junto com as narrativas, ela coloca desenhos ilustrativos que, com certeza, vocês já conhecem das redes sociais. São parecidos com aqueles memes das tirinhas “O que nós queremos?”, sabem?
Eu adoro escritores que tenham aquele toque de ironia que faz qualquer coisa ficar muito mais engraçada e a Allie tem exatamente isso, o jeito dela conversar com o leitor e com ela mesma dá um toque especial nas histórias... Ela passa pelos acontecimentos de quando era criança até os mais recentes (a história do ganso é a melhor, vocês vão adorar! Acompanha até fotos!).
Agora, sobre o livro em si: Ficou muito lindo. É todo colorido e muito bem feito, é daqueles que dá vontade de comprar mesmo que seja só para colecionar.
Mas assim, é um livro somente com o intuito de fazer o leitor se divertir... Não tem uma história continua e nem é emocionante, são coletâneas dos posts da autora, que possui vários fãs.
Um defeito do livro é que ele ficou relativamente curto... Como tem muitas ilustrações, é fácil ler o livro em poucas horas. Mas o bom é que para quem adorar o livro, assim como eu, pode ler muito mais no site.
Se você ficar um pouco inseguro pra comprar, dê uma olhadinha no blog... acho que pode te convencer se você for o mesmo tipo de leitor que eu.
Espero que gostem!

Juliana.

14 de abr. de 2014

Resenha:Um bestseller para chamar de meu.

Título: Um Bestseller para chamar de meu.
Autora: Marian Keyes
Ano: 2012
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 742
ISBN: 978-85-286-1362-9

SINOPSE:
Autora do sucesso Melancia, Marian Keyes agora revela com diversão, drama e alto-astral os bastidores do mundo do livro Se você é daqueles que acha que um escritor de sucesso já tem a vida ganha porque publicou um livro que vendeu igual água, você é mais um que precisa se informar mais sobre o que acontece nos bastidores editoriais. Ah, tudo bem, você sabe que existem editores, agentes literários, entre outros personagens que atuam neste ramo... mas o que fazem, como sabem qual é “o livro”, “quem” é o escritor, “quando” vai acontecer aquele lançamento, entre outras dúvidas que atormentam essas pessoas, bem, isso chega ao alcance de poucos. A escritora irlandesa Marian Keyes, que segundo o Guardian, é “uma talentosa autora de histórias divertidas e repletas de reviravoltas inesperadas, [faz] piadas paralelas à trama e [tem] um humor antenado e inteligente, típico dos tempos modernos. Seu texto vibrante e bem-construído nos traz a sensação de ‘gente de verdade’ e ‘vida real’”, apresenta em Um bestseller pra chamar de meu histórias e curiosidades de personagens ícones do mercado editorial. Talvez o livro mais curioso de Marina Keyes depois de Melancia, Um bestseller pra chamar de meu reúne ingredientes infalíveis para quem curte o mundo dos livros e é apaixonado por boas histórias de vida contemporâneas.



Foi, até agora, o único livro que eu li da autora Marian Keyes, escritora de vários sucessos como Melancia, Sushi, Férias! e outros. 
Um bestseller pra chamar de meu é um romance muito gostoso de ler, a autora tem um humor leve e um jeito de escrever estilo Meg Cabot, outra escritora de sucesso. 
Bom, o livro conta a vida de três mulheres. A história de cada uma é separada mas, em algum pequeno ponto, elas se ligam. Vamos a elas!
Jojo: um linda agente literária de sucesso que está em busca de mais um potencial bestseller para conseguir conquistar a promoção que tanto deseja. Essa ideia só fica um pouco mais complicada pela fato de que ela está de caso com um dos sócios da empresa.... Que é casado. 
Gemma: uma organizadora de eventos que já passou por baixos e baixos. Ela perdeu o "amor da sua vida" para uma amiga muito próxima, está morando com a mãe que também não está na melhor situação e não consegue mais se envolver com ninguém. Até que ela resolve tentar escrever um livro sobre o que está passando no momento. 
Lily: a amiga de Gemma que "roubou" e casou com o ex amor dela. Parece que ela é uma pessoa horrível e ela realmente se sente assim por ter feito isso com Gemma, embora ame o marido e nunca tenha agido por maldade. Lily lançou um livro de sucesso mas está com dificuldade para conseguir escrever outro, e a pressão de estar passando por problemas financeiros, não torna a tarefa mais fácil. 

Perceberam que elas estão todas no ramo dos livros, né? A história de cada uma se desenrola aleatoriamente e tem pequenas influência na vida da outra.
Acho que vale muito a pena! É um livro bem longo mas você nem percebe o tempo passar enquanto lê, só consegue escolher a sua favorita das três e torcer para as histórias seguirem o rumo que você quiser. 
Apesar dos dramas que envolvem o enredo do livro, ele tem várias passagens bem engraçadas e não é nem um pouco dramático. Acho que o mais legal é que cada vez que troca de personagem, parece que trocamos de autora, pois ela escreve cada uma com características únicas. 
Já me falaram que o livro Férias! é de morrer de rir, vou  procurar para ler e depois volto aqui. Boa leitura

Juliana.

8 de abr. de 2014

Resenha: A Culpa é das Estrelas



Título: A culpa é das estrelas
Autor: John Green
Ano: 2012
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
ISBN: 978-85-8057-226-1

SINOPSE:
Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante - o que lhe da a promessa de viver mais alguns anos -, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas. 

Inspirador, Corajoso, Irreverente e Brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia de viver e amar.

Depois da minha estréia nas obras de John Green com Cidades de Papel, é lógico que não poderia me esquivar de ler A culpa é das estrelas. É o livro do momento, está liderando a lista dos mais vendidos a semanas e já recebeu inúmeras críticas e elogios. Tem quem o ama e quem o odeia, quem o acha superficial e quem nele encontra lições e reflexões. Mas vamos lá!
Terminei este livro três dias atrás, mas só hoje me senti confortável para escrever. Motivo? Estava tentando entender meus sentimentos em relação a história. Você vai concordar comigo: para uma mãe de adolescentes, qualquer história de crianças com câncer são aflitivas, ainda mais contada de forma tão aberta como Green fez.
Hazel tem dezesseis anos e foi diagnosticada aos treze com um câncer de tireóide e metástases no pulmão. Seu pulmão foi gravemente afetado pela doença e ela só respira com a ajuda de um cilindro de oxigênio que carrega consigo o tempo todo. Em uma reunião do Grupo de Apoio a Crianças com câncer, os leitores conhecem outro personagem importante, responsável por nos provocar uma série de reflexões. Isaac, dezessete anos, câncer nos olhos, cirurgia para retirada do segundo olho marcada para duas semanas, ou seja, data marcada para ficar completamente cego.
Nesta mesma reunião, Hazel conhece um cara bonitão, que não tira os olhos dela, convidado por Isaac para participar das reuniões. Augustus Waters. Dezessete anos, vítima de osteossarcoma, que lhe amputou uma das pernas. Sem reincidência a mais de 18 meses. 
O cenário que acabo de descrever é suficiente para a história mais triste já contada envolvendo adolescentes, mas o que mais me intrigou foi que a leitura não me trouxe angústia. Me envolvi na história e me entristeci pelos jovens a cada página, me alegrei com as superações. Mas ainda estava com um sentimento estranho. Até que percebi o motivo: Green nos deu estes personagens já em fase de aceitação. Acho que é isto! Eles conversam e discutem a respeito da morte iminente com uma naturalidade desconcertante. Claro que há momentos de revolta, mas na maioria das situações, eles tem uma maturidade impressionante com tema. E isso fez toda a diferença!
Hazel e Augustus se envolvem em uma amizade reconfortante, dividindo seus medos, suas realidades e a imaginação sobre o intrigante final do livro Uma Aflição Imperial (uma obsessão na vida de Hazel). 
Entre o apoio que dão um ao outro e ao amigo Isaac, as tentativas de não fazer os pais sofrerem além do inevitável, a culpa por se envolverem, causando sofrimento quando chegar o momento da partida, Hazel e Augustus vivem o melhor período de suas limitadas vidas.

"Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada desse mundo. Você me deu uma eternidade dentro de nossos dias numerados, e sou muito grata a isso".

Descrito pelo The New York Times como "Um misto de melancolia, doçura, filosofia e diversão. Green nos mostra um amor verdadeiro... muito mais romântico que qualquer pôr do sol à beira da praia", A culpa é das estrelas é uma leitura que recomento a todos, de jovens adolescentes a pais, como eu. Um conselho: não o leia superficialmente, se envolva e se permita refletir e aprender.



A prova da dimensão do sucesso que este livro fez é sua esperada adaptação para o cinema. O filme tem estréia prevista para 06 de junho.



Veja o trailer do filme: 

https://www.youtube.com/watch?v=lFOOZJ1UChg


Conheça o site do livro, com uma interessante sessão de perguntas dos leitores e as respostas do autor (alerta de spoiller!)

http://www.aculpaedasestrelas.com.br/


3 de abr. de 2014

Resenha: Uma Carta de Amor

Título: Uma carta de amor
Autor: Nicholas Sparks
Ano: 2014
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
ISBN: 978-85-8041-247-5

SINOPSE: 
Uma garrafa jogada no oceano pode passar centenas de anos viajando ao sabor das ondas sem nunca parar em terra firme. Porém, certa vez, o destino quis que uma em especial chegasse à costa algumas semanas depois de ter sido lançada ao mar.
Theresa Osborne, uma colunista de um jornal de Boston divorciada e mãe de um menino de 12 anos, a encontra durante suas férias no litoral. Dentro do recipiente, há um linda carta apaixonada.
Para Garrett, o remetente, a mensagem é o único modo de expressar seu amor eterno pela mulher que perdeu. Para Theresa, descrente desse sentimento desde que o marido traiu sua confiança, o texto levanta questões que a intrigam.
Movida pelo caráter misterioso da situação, ela empreende uma longa pesquisa e descobre não só a identidade completa de Garrett, mas também onde ele mora, e resolve ir atrás dele.
Quando os dois se conhecem, imediatamente nascem um interesse e uma afinidade mútuos, que podem ser a chance de que ambos precisavam para se libertar do passado e reencontrar a felicidade.
Uma carta de amor fala da dilacerante fragilidade das relações e, ao mesmo tempo, de seu imenso poder. É uma história sobre esperança, superação, desejo e as escolas que mais importam na vida.

Quem já leu pelo menos um dos livros de Sparks já sabe o que esperar: um romance envolvente, bem escrito, com dramas pessoais e finais surpreendentes. Sim, ele por diversas vezes nos surpreende saindo do final óbvio de "foram felizes para sempre". Então, quando comecei a ler Uma Carta de Amor, fiquei imaginando se este era do tipo "suspirar aliviada no final" ou dizer "mas como isso?". Só lendo para saber...

O ponto de partida é uma situação improvável: uma mulher divorciada e desiludida com o amor encontra uma garrafa na praia com uma linda, apaixonada e enigmática carta. O interesse de Theresa é despertado por ela já não acreditar que um homem é capaz de se manter fiel a um amor por toda a vida, uma vez que foi traída pelo marido, o homem que ela acreditava que envelheceriam juntos. Ao ler a carta assinada por Garrett à sua mulher Catherine, cheia de amor e saudade, ela fica imaginando que tipo de homem era capaz daquele sentimento e quais os motivos o levaram a jogar a garrafa no mar.
Quando conhece Garrett pessoalmente ela se encanta ao perceber que ele é tudo o que ela imaginou pelas palavras escritas e os dois acabam se envolvendo. Garrett tem dificuldade em aceitar seus próprios sentimentos e nutre uma dependência emotiva muito forte em relação a a esposa que perdeu. Theresa permite que o amor entre em sua vida novamente, mas se vê dividida entre esta nova chance de felicidade e os compromissos como mãe e profissional. 
É uma história que fala de amor, solidão, fidelidade aos sentimentos, perdas, desapegos e recomeços e principalmente, estar aberto para a vida e fazer escolhas difíceis.
O que gosto nos livros de Sparks é a composição dos personagens e seus dramas. Nem tudo é perfeito, ou seja, as pessoas são bem próximas a realidade. Elas amam, acertam, erram, tem sucessos e fracassos, riem, choram, tem conflitos emocionais e aprendem com a vida. Não é o tipo de romance conto de fadas! 
Uma carta de amor  pode até lhe arrancar algumas lágrimas, mas você também vai tirar suas lições, seus aprendizados.