30 de nov. de 2019

Resenha: Eu perdi o rumo

EU PERDI O RUMO
GAYLE FORMAN
Arqueiro, 2018


Freya perdeu a voz no meio das gravações de seu álbum de estreia. 


Harun planeja fugir de casa para encontrar o garoto que ama. 

Nathaniel acaba de chegar a Nova York com uma mochila, um plano elaborado em meio ao desespero e nada a perder. 

Os três se esbarram por acaso no Central Park e, ao longo de um único dia, lentamente revelam trechos do passado que não conseguiram enfrentar sozinhos. Juntos, eles começam a entender que a saída do lugar triste e escuro em que se acham pode estar no gesto de ajudar o próximo a descobrir o próprio caminho. Contado a partir de três perspectivas diferentes, o romance inédito de Gayle Forman aborda o poder da amizade e a audácia de ser fiel a si mesmo. Eu perdi o rumo marca a volta de Gayle aos livros jovens, que a consagraram internacionalmente, e traz a prosa elegante que seus fãs conhecem e amam.

Eu perdi o rumo é uma história simples, mas de sentimentos profundos. Três jovens com vidas totalmente distintas que se encontram ao acaso e dali nasce uma amizade baseada na busca interior de cada um. 

Freya é uma jovem cantora em ascensão que perde a voz durante a gravação de seu primeiro álbum e se vê diante da perspectiva de todos os sonhos irem por água abaixo. Sentindo-se perdida, ela sai em um passeio pela cidade e acidentalmente conhece Harum e Nathaniel. 

Harum enfrenta as inseguranças e medos de ser um jovem gay em uma família tradicional religiosa obrigado pela família a encontrar uma jovem para se casar. Sem rumo, ele sai a procura do ex-namorado e nessa busca, encontra Freya e Nathaniel. 

Nathaniel é um jovem que chega em New York com um plano que o afastará da solidão criada pelo pai imaturo e de emoções instáveis. Tentando se localizar na cidade ele é atingido por Freya que despencou de uma ponte e caiu sobre ele, tendo Harum como testemunha.

A partir desse acidente, inicia-se uma série acontecimentos narrados pelos três personagens, ao passo que é apresentado ao leitor os fatos da vida deles que o fizeram chegar até aquele momento. 

A autora vai revelando aos poucos o passado e angústias dos três jovens a medida que a necessidade de ficarem juntos vai aumentando e nascendo entre eles um sentimento de amizade genuíno. 

A história trata da busca pela verdade de cada um deles, uma busca interior pelo autoconhecimento e pela força para enfrentar os desafios pessoais. É um livro melancólico, mas que nos coloca a refletir o que os jovens ao nosso redor passam sem que as famílias se deem conta.

A leitura flui muito bem e você acaba o livro rapidinho e fica com gostinho de quero mais. 

Eu indico.