30 de set. de 2014

Eu e os livros nesse amor eterno.

Olá pessoal!
Bom, vocês já sabem que eu amo livros e alguns devem saber que eu faço Produção Editorial, ou seja, eu convivo com livros a vida toda, todos os dias, o dia inteiro.
Comecei a ler quando era bem nova e acho que a primeira coleção que realmente me apaixonou foi Pipi Meialonga e, depois, Deltora Quest.
Cresci vendo minha mãe ler de tudo um pouco e puxei isso dela... Já li muito livros de diversos gêneros e autores diferentes e, livro por livro, ano por ano, esse hábito passou a fazer mais parte da minha vida.
Pois bem que, em 2012, eu estava naquela loucura de não saber o que ia prestar no vestibular e estava em surto. Até que conheci o curso de Editoração e descobri que eu podia juntar o que eu amava com a minha profissão.
Agora vocês devem estar se perguntando o porque eu fiz esse resumo da minha relação com a leitura e a resposta é: para compartilhar a última novidade sobre a minha vida.
Abaixo está a minha nova tatuagem! Algo que exemplifica essa parte tão importante da minha vida.

E aí, o que acharam?


24 de set. de 2014

Resenha de parceiros: Onde terminam os arco-íris (Simplesmente Acontece)

Resenha do parceiro: O Amante de Livros

Onde terminam os arco-iris é um romance da  escritora Cecilia Ahern, a mesma autora de Ps: 
eu te amo, a edição que li é a de 2006, porém com o lançamento do filme previsto pra janeiro de 2015, lançaram uma nova edição com o nome de Simplesmente acontece, deixarei a ficha técnica dos dois.



Onde termiam os arco-íris
Autora: Cecilia Ahern
Editora: Relume Dumara
Páginas: 384
I.S.B.N.: 8573164581

Sinopse: Um encantador romance sobre dois amigos de infância com quem o destino parece brincar. De crianças travessas a adolescentes rebeldes, Rosie e Alex uniram-se como unha e carne, mas a família de Alex se muda e eles se separam. A mágica conexão entre os dois acompanha os altos e baixos da vida de cada um, mas nenhum deles sabe se sua amizade conseguira sobreviver a distância. Mal-entendidos, circunstancias e a mais absoluta má sorte os mantiveram separados. Mas quando se virem diante da última oportunidade, apostarão tudo em nome do verdadeiro amor?



Simplesmente Acontece
Autora: Cecilia Ahern
Editora: Novo Conceito
Páginas: 448
ISBN: 9788581635453

Sinopse:O que acontece quando duas pessoas que foram feitas uma para outra simplesmente não conseguem ficar juntas? Todo mundo acha que Rosie e Alex nasceram para ser um casal. Todo mundo menos eles mesmos. Grandes amigos desde criança, eles se separaram na adolescência, quando Alex se mudou com sua família para os Estados Unidos. Os dois não conseguiram mais se encontrar, mas, através dos anos, a amizade foi mantida através de emails e cartas. Mesmo sofrendo com a distância, os dois aprenderam a viver um sem o outro. Só que o destino gosta de se divertir, e já mostrou que a história deles não termina assim, de maneira tão simples.


Para começar queria dizer que esse livro foi uma grande surpresa para mim, sem ler a sinopse, comecei a lê-lo e não conseguia mais parar.
Onde terminam os arco-iris  ou Simplesmente acontece, acompanha a vida dos amigos de infância Rosie e Alex,eles se tornam inseparáveis, confidentes e fazem tudo junto. 
Porém quando a família de Alex muda-se para Boston, e os planos de Rosie de se mudar após o termino do colégio não dão certo, eles se veem obrigados a arranjar um modo de manter a amizade inabalada mesmo morando em continentes diferentes. 
Durante os anos que se passam vemos o desenvolvimento, crescimento e amadurecimento das personagens, todas reviravoltas, medos, inseguranças, dúvidas, e a maneira que a autora usa para escrever a estoria faz com que nos sentimos mais próximos dos personagens. Cecilia faz a narração por meio de bilhetes, cartas, e-mails, chats, recortes de jornais o que trás um certo suspense e deixa o  livro mais dinâmico, pois muitas  vezes precisamos esperar a resposta de uma personagem para outra.
É um livro emocionante, e o que mais me cativou nele é o fato da autora não criar uma estória em que tudo da certo logo de cara para todos, pelo contrário Alex e Rose passam por muitas situações difíceis, é como se estivéssemos lendo as conversas de alguém próximo, as situações apresentadas poderiam acontecer com qualquer pessoa. 
Apesar do livro retratar o ponto de vista de diversas personagens, para mim, as passagens da Rosie são as mais inspiradoras, ela é uma mulher forte, mas que não consegue enxergar essa  força, em muitos pontos me identifiquei com ela, com sua visão de mundo e sofria junto cada vez que seus sonhos pareciam dar certo e não davam, o que me deixava muito irritada também. Rosie Dunne é uma das minhas personagens favoritas.
Recomendo muito a leitura desse livro, pois para mim ele não é só um romance bobinho, ele trás mensagens e reflexões muito boas. Quero muito compra-lo para grifar e anotar todas as passagens que me marcaram.

Veja o trailler do filme que será lançado em 2015:






18 de set. de 2014

Livros digitais: O LEV

Boa tarde a todos!
Hoje eu trouxe a opinião
de outro objeto do mundo dos leitores... O post de hoje é sobre livros digitais!
Na bienal eu tive a coragem de enfrentar o stand da Saraiva, um dos mais lotados da feira.

Algumas semanas antes, eles haviam divulgado o lançamento do leitor de livros digitais LEV, criado para competir com o kindle e com o kobo, outros leitores já bem mais conhecidos.

Fiquei curiosa e visitei o stand para conhecer o produto, já que eu estava querendo comprar um leitor fazia um bom tempo.
Minha primeira impressão foi muito boa: um aparelho leve (como diz o nome), portátil, bonito e uma ótima resolução.
Apesar disso, não comprei na hora... ainda não estava completamente convencida.
Após pesquisar em vários sites, e depois de descobrir que o LEV estava em promoção até o final da Bienal, não deu outra! Comprei!
E gostei mais ainda depois que ele já era meu hahaha. 
O produto já vem com uma loja da Saraiva "embutido" nele, só basta conectar no wi-fi e é facinho de realizar a compra. Além disso, já vem com vários livros gratuitos e um dicionário, que quando você aperta numa palavra, ele dá o significado. A leitura nele é perfeita, igualzinho um papel e não cansa o olho e a formatação do texto é totalmente maleável de acordo com a preferência do leitor. Sem falar que ele tem alguns protetores de tela muito lindos.
O único defeito dele é que o software é um pouco devagar e, com isso dá umas leves travadas, mas nada que atrapalhe.
Ele está disponível em dois modelos, com e sem luz, e os preços você pode checar no site do saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/lev#!compre-leitor-de-livro-digital
Para quem tem vontade de ter um leitor digital, não vai se arrepender desse. Não tenho como falar se ele é melhor ou pior do que o kindle ou o kobo, mas garanto que ele é bom e valeu o investimento!

 

14 de set. de 2014

Resenha: Onde a lua não está

Olá pessoal! 

Esse post é diferente.. a resenha foi escrita por uma convidada e amiga: Franciane Batagin, estudante de produção editorial, assistente editorial na Editora Planeta e apaixonada por livros e gatos! Esperamos que gostem da indicação dela... Nós ficamos morrendo de vontade de ler!




Nome: Onde a lua não está
Autor: Nathan Filer 
Editora: Rocco
Ano: 2014
Número de páginas: 272 
ISBN: 9788532528810


“Vou te contar o que aconteceu porque será uma boa maneira de apresentar meu irmão. O nome dele é Simon. Acho que você vai gostar dele. Eu gosto de verdade. Mas, daqui a algumas páginas, ele estará morto. E ele nunca mais foi o mesmo depois disso.”

Quando eu estava andando pela Bienal de São Paulo e notei a capa desse livro, confesso que fiquei interessada. Capa bonita, pensei. Como sempre faço, olhei um pouco – naquele momento o estande da Rocco estava lotadíssimo, então não podia demorar – e então devolvi o livro na prateleira. Continuei minha jornada, olhando os títulos, capas e livros que estavam expostos, mas meu olhar sempre voltava para aquela capa. Voltei, peguei o livro novamente e li o trecho que coloquei aqui acima. Nesse momento eu decidi que precisava ler e saber o que aconteceu. Ponto positivo para a quarta capa! Tão intrigante que me fez comprá-lo.
O livro conta a história do ponto de vista de Matthew, um menino que tem uma doença chamada esquizofrenia* e que, quando era criança, perdeu o seu irmão mais velho, Simon. Esse, por sua vez, é uma criança com Síndrome de Down que morre em um acidente misterioso durante um passeio em família. Durante a maior parte da leitura tentamos descobrir o que exatamente aconteceu quando Simon morreu e porque Matthew, aparentemente, é tão perturbado.
Cheio de flashbacks, o livro vai e volta do presente ao passado até que, por um momento, fica difícil definir em qual parte estamos. Mesmo quando Matthew está no presente, a sequência temporal fica um pouco perdida, então fui guardando todas as informações que consegui, pensando que depois eu compreenderia a maioria delas. E eu compreendi.
Ele fala sobre o passado, sobre as histórias com o irmão e com a família, fala sobre como foi a experiência de perder o irmão e amigo e como a mãe se tornou super protetora depois do acidente, chegando até a tirá-lo da escola. Ele fala também, em alguns momentos, sobre um período em que ele aparentemente está em uma clínica, fala sobre os pacientes psiquiátricos e sobre o comportamento deles. Fala sobre o dia a dia de estar nessa clínica, sobre como é tomar remédios fortes e quais as sensações que ele tem. Fala ainda sobre o período que era adolescente, como decidiu ir morar sozinho e como começou a ficar perturbado.
Achei sensacional a maneira como o autor conseguiu escrever e descrever a cabeça do paciente depois do trauma. Me senti dando voltas no tempo, desdobrando todos nuances da vida do personagem. Me senti revirada do avesso e me perguntei como seria ter os pensamentos embaralhados daquele jeito, como seria estar presa em uma clínica e descobrir que talvez eu tivesse culpa na morte do meu irmão. Então, se você procura um livro que te deixe com essas sensações embaralhadas e fantásticas ao mesmo tempo, você deveria, sim, ler Onde a Lua não está!

10 de set. de 2014

Resenha: Fique onde está e então corra.

Nome: Fique onde está e então corra
Autor: John Boyne
Editora: Seguinte
Páginas: 222
Ano: 2014
ISBN: 978-85-657-654-04

“Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados ­– enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar.
Seu pai logo se alistou para o combato, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais do que ele imaginava.
Determinado, Alfie mobilizará todas as suas forças para trazê-lo de volta para casa.”

O autor de O menino do pijama listrado ­conseguiu mais um romance de sucesso contextualizado em grandes eventos históricos. Dessa vez, John Boyne retrata a Primeira Guerra Mundial pela visão de uma criança de cinco anos.
O aniversário de cinco anos de Alfie Summerfield foi um dia marcante não só para ele, mas para todo o mundo: foi o dia em que a Primeira Guerra começou.
Gostei muito estilo do autor porque acho que ele foi muito fiel quanto a reação dos personagens durante todo o período da Guerra. Por exemplo, o pai de Alfie, Georgie Summerfield, se alista logo nos primeiros dias em que a guerra estoura devido a euforia que todos os homens da época mostraram. Logo no começo, a população que se alistou realmente imaginou que seria uma festa e que acabaria “antes do Natal.... só não disseram qual Natal”.
Durante os primeiros anos, Georgie sempre mandava cartas contando como estavam as coisas para a esposa e filho. Até que, num certo dia, as cartas param de chegar e, quando Alfie questiona sua mãe sobre o paradeiro do pai, a mãe insiste em inventar desculpas. O que só faz o filho suspeitar, cada vez mais, de que algo está errado.
Após descobrir uma pista de que o pai não está onde ele achava, Alfie vai atrás da verdade e com a única missão de salvar Georgie daquela guerra.
A única coisa que eu não gostei no livro foi de uma característica do modo de escrever do autor. Apesar de ele ser muito atento com os detalhes e conseguir prender o leitor, achei o tipo de escrita um pouco romântica demais. Imagino que eu tenha sentido isso pois o olhar do livro deve ser como o de uma criança em meio a guerra ou talvez algo tenha se perdido na tradução ou porque o livro seja para jovens, mas acho que, por se tratar de um dos maiores acontecimentos da história, a linguagem poderia ser um pouco mais densa.
Mas sim, indico totalmente o livro e tenho vontade de ler outros do autor! Acho que esse é o último livro lançado por ele e é uma leitura bem leve e rápida para quem quer conhecer o autor.
A história linda é movida pela “melhor razão do mundo: o amor”. 

7 de set. de 2014

Resenha: Cilada

Título: Cilada
Autor: Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Ano: 2010
Pág.: 271
ISBN: 978-85-99296-93-6

SINOPSE: 
Harley Mc Waid tem 17 anos. É aluna exemplar, disciplinada, ama esportes e sonha entrar para uma boa faculdade. Por isso, quando certa noite ela não volta para casa e três meses transcorrem sem que se tenha nenhuma notícia dela, todos na cidade começam a imaginar o pior.

O assistente social Dan Mercer recebe um estranho telefonema de uma adolescente e vai ao seu encontro. Ao chegar ao local, ele é surpreendido pela equipe de um programa de televisão, que o exibe em rede nacional como pedófilo. Inocentado por falta de provas, Dan é morto logo em seguida.

Na junção dessas duas histórias está Wendy Tynes, a repórter que armou a cilada para Dan e que se torna a única testemunha de seu assassinato. Wendy sempre confiou apenas nos fatos, mas seu instinto lhe diz que Mercer talvez não fosse culpado. Agora ela precisa descobrir se desmascarou um criminoso ou causou a morte de um inocente.

Nas investigações da morte de Dan e do desaparecimento de Haley, verdades inimagináveis são reveladas e a fragilidade de vidas aparentemente normais é posta à prova. Todos têm algo a esconder e os segredos se interligam e se completam em um elaborado mosaico de mistérios.

Leitores da Estante, Cilada é sensacional!
Muitos anos atras, eu li Desaparecido para sempre, de Harlan Coben, lembro de ter gostado do livro, mas não foi nada marcante (confesso que nem lembro da história direito). Recentemente eu li Seis anos depois (http://estante-da-ana.blogspot.com.br/2014/08/seis-anos-depois.html)    e simplesmente a-d-o-r-e-i. Aí algumas pessoas me indicaram Cilada, dizendo ser ainda melhor. Não sei dizer qual dos dois é o melhor, só posso garantir que são imperdíveis.

Cilada conta duas histórias paralelas que só vão se encontrar depois de muitas páginas. Harley Mc Waid é a filha mais velha do casal Ted e Marcia e desapareceu sem deixar qualquer pista. Três meses se passaram e nenhuma notícia ou um rumo novo nas investigações policiais.
Dan Mercer trabalha com crianças e adolescentes em um abrigo e um belo dia recebe uma chamada de uma garota para que fosse até a casa dela. Foi um telefonema aflito e ele não questionou, simplesmente foi em socorro a garota. Chegando lá, foi cercado por câmeras de televisão e uma jornalista o acusava de ser pedófilo. Sua vida acabou aí, mesmo inocentado pelo juíz, pais de crianças molestadas e a comunidade em geral o repudiava, chegando a agressões físicas. A única pessoa a defende-lo foi sua ex-esposa Jeena Wheeler.
A jornalista que o desmascarou, Wendy Tynes acabou se envolvendo demais no caso e foi testemunha quando um dos pais matou Dan na frente dela.
Envolvida totalmente nessa trama, Wendy começa a investigar a fundo os acontecimentos, suspeitando que pode ter provocado a morte de uma pessoa inocente. 

Cilada tem fortes e valiosas críticas ao alcoolismo e aos pais que oferecem ou permitem que filhos adolescentes e seus amigos consumam álcool (a escola em que o filho de Wendy e a garota desaparecida estudam tem uma campanha com um lema interessante: Na nossa casa, não! alertando pais para não oferecerem bebida em casa com a desculpa de que é preferível que bebam em um ambiente seguro). Gostei muito de ver essa abordagem em um livro, pois é a prática que adoto como mãe de adolescente. 

O livro também fala sobre o erro e perdão... o perdão que liberta não somente o culpado, mas principalmente a vítima. Wendy tem uma enorme dificuldade em perdoar a mulher que provocou a morte prematura de seu marido, deixando-a sozinha com o filho.
Durante as investigações, ela encontra antigos amigos de faculdade de Dan, que podem também estarem sendo vítimas de armações como ela suspeita que ele foi. Nas histórias do passado que deixaram consequências até hoje sentidas, ela se vê mais uma vez à frente da questão do perdão.

Em Cilada, você encontra um pouco de tudo isso: crime, egoísmo, sensacionalismo, perda, luto, desespero, perdão e mentira e verdade.
Recomendo totalmente!


6 de set. de 2014

Resenha: Trilogia A Seleção - Livro 3 - A Escolha

Título: A Escolha
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano: 2014
Pág.: 351
ISBN: 978-85-65765-37-4

ATENÇÃO: ALERTA DE SPOILER

SINOPSE:
America era a candidata mais improvável da Seleção: se inscreveu por insistência da mãe e aceitou participar da competição só para se afastar de Aspen, um garoto que partira seu coração. Ao conhecer melhor o príncipe, porém, surgiu uma amizade que logo se transformou em algo mais... No entanto, toda vez que Maxon parecia estar certo de que escolheria America, algum obstáculo fazia os dois se afastarem.
Um desses obstáculos era Aspen, que passou a ocupar o posto de guarda no palácio e estava decidido a reconquistar a namorada. Em encontros proibidos, ele a reconfortava em meio àquele mundo de luxos e rivalidades. Mas o relacionamento entre os dois já não era mais o mesmo - ainda que ficase balançada, America amava Maxon e cogitava seriamente se tornar princesa.
Entretanto, essas idas e vindas de America fizeram-na perder um pouco de espaço no coração do príncipe, lugar que foi prontamente ocupado por Kriss. As outras duas Selecionadas ainda na disputa, Celeste e Elise, também possuíam suas vantagens graças a conexões fora do palácio. Para completar, o rei odiava America e a considerava a pior opção para o filho. Assim, tentava sabotar a relaçao dos dois, inventando mentiras e colocando a garota à prova a todo instante.
Agora, para conseguir o que deseja, America precisa cortar os laços com Aspen, conquistar o povo de Illéa e conseguir novos aliados políticos. Mas tudo pode sair do controle quando ela começa a questionar o sistema de castas e a estratégia usada para lidar com os ataques rebeldes.

Dos três livros, A Escolha é o que tem o maior enfoque na política de Illéa, com a intensificação dos ataques rebeldes e America tomando conhecimento de fatos da história da formação do país e da importância das alianças políticas. 
Seu romance com o príncipe está mais conturbado do que nunca. Quando tudo parece se dirigir para o "felizes para sempre" algo acontece ou America faz alguma besteira de grandes proporções. Seu jeito de agir é o principal motivo do ódio declarado que o rei sente por ela, chegando a expulsá-la do palácio. 
Segredos da vida de Maxon revelados para America faz com que a cumplicidade entre eles se fortifique, porém outra garota, Kriss também está sendo considerada pelo príncipe como uma possível escolha. America começou a perder espaço na disputa.
Apesar de aceitar seus sentimentos pelo príncipe e querer ser a escolhida dele, não consegue confessar para Aspen suas intenções. 
A principal mudança na personagem nesse desfecho é seu despertar para a necessidade de lutar pelo seu objetivo. Não basta que Maxon a queira, ela tem que ser a candidata predileta do povo de Illéa, tem que provar ao rei que pode ser a princesa ideal, que conquista aliados políticos e que sabe se controlar quando não está satisfeita com os acontecimentos... uma das maiores dificuldades dela!
Somente em A Escolha vemos America lutando por Maxon, porém, ela nunca esteve tão longe de ser a eleita.
Posso dizer que o final não é exatamente da forma como eu imaginei.
Percebe-se na trilogia um crescimento da personagem principal a cada volume (embora a vontade de dar os cutucões nela não passe até o final: ela faz muita burrada e se lamenta demais). 
O fato de ser voltado para o público juvenil justifica a história estar dividida em três volumes, mas para mim, poderia muito bem ter sido contada em um único livro sem perda de detalhes.


5 de set. de 2014

Resenha: Trilogia A Seleção - Livro 2 - A Elite

Título: A Elite
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano: 2013
Pág.: 351
ISBN: 978-85-65765-12-1

ATENÇÃO: ALERTA DE SPOILER

SINOPSE:
A vida no palácio não era tão ruim quanto America imaginava. Ou melhor, com todos os mimos e privilégios que estava tendo, ela já mal se lembrava de como era pertencer à casta Cinco. Ser Um, em compensação, era fácil: suas criadas eram costureiras talentosíssimas e faziam vestidos maravilhosos; os banquetes e as festas que frequentava eram incrivelmente divertidos; e o conforto em que vivia agora seria impensável algum tempo atrás. Além de tudo, quando sentia saudade de casa, tinha Aspen por perto.
Ele era compreensivo, companheiro e tinha decidido colocar sua vida em perigo por ela - afinal, o que aconteceria se alguém descobrisse que, além de guarda do palácio, era ex-namorado de um das candidatas? Era com Aspen que America contava nas horas mais difíceis. Por outro lado, o príncipe Maxon era atraente, bondoso, carinhoso e - o mais importante - desejava America mais do que qualquer outra garota da Elite.
Mas, além de estar com o coração secretamente dividido, também era difícil lidar com o fato de que aceitar Maxon significava ter que aceitar uma coroa. America não tinha certeza se gostaria de ser uma princesa. Apesar da vida glamorosa, havia tanta coisas com as quais ela não concordava e que permaneceriam sem explicação: por que o palácio sofria tantos ataques rebeldes? O que era reivindicado? Por que os castigos aos infratores tinham de ser tão violentos? O que estava por trás daquele regime de castas tão cruel?
O tempo está acabando e as dúvidas de America só aumentam.

Em A Elite, segundo volume da trilogia, acompanhamos America se aproximar cada vez mais de Maxon, porém a presença de Aspen como guarda no castelo a faz se sentir dividida como nunca. 
Apenas seis garotas permanecem na disputa e cada uma delas tem suas vantagens perante as concorrentes (queridas pelo público, influentes politica ou socialmente). Mas a única vantagem de America é ser querida por Maxon que não permitiu que ela fosse embora até agora. Ela é a única garota de casta baixa que chegou a Elite nessa Seleção e a única que discute a formação política de Illéa e tem ideias revolucionárias que desagradam o rei. 
O castelo sofre ataques violentos de grupos rebeldes que intrigam America e a faz questionar se conseguiria ser princesa sob o comando de Clarkson. 

Já adaptada a vida luxuosa do castelo, America se envolve mais ainda em seu conflito pessoal. Ela é a preferida de Maxon que até agora só não anunciou sua escolha por não saber ao certo o que America sente. Diante do impasse da candidata, Maxon passa a dar chance para as demais garotas, se aproximando mais delas e refletindo sobre suas opções. Enquanto não decide, ela sofre vendo as outras garotas com ele e a possibilidade de perder o poder de escolha e ser mandada embora.
Tem momentos durante a história que queremos dar uns cutucões em America, do tipo "acorda garota". Aspen parece só atrapalhar... a relação dos dois parece não significar mais nada. É como se ela tivesse dificuldade em deixar o passado e não em deixa-lo. Chega a ser irritante!
Vamos ver se em A Escolha, America deixa de bobagem e aceita logo o amor do príncipe!

4 de set. de 2014

Resenha: Trilogia: A Seleção - Livro 1

Título: A Seleção
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano 2012
Pág.: 368
ISBN: 978-85-65765-01-5

SINOPSE

Para trinta e cinco garotas, a Seleção é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis a vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.
Para América Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu larj para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.
Então América conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso. Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, América começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma - e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.

Minha experiência com este livro foi interessante. Ganhei de presente do meu filho adolescente, mas desconfio que quem escolheu o livro foi a namorada dele. Como já contei aqui, eu leio de tudo e adoro uma leitura juvenil: sou fã de Harry Potter, comprei Percy Jackson para meu filho (ele parou no quarto volume e eu estou a espera do próximo lançamento), li Deltora Quest (super indico) com minha filha quando ela tinha dez anos e por ai vai... O engraçado em A Seleção é que quando eu fui na livraria e perguntei sobre o volume 2, a atendente me mandou para a seção infanto-juvenil. Imagina a minha cara... Só rindo mesmo!

Mas vamos a história. A Seleção é classificada como uma distopia, mas é, acima de tudo, um romance. America é uma garota que vive em Illéa, um jovem país nascido no pós guerra, com uma sociedade estruturada em forma de castas que vão de 1 (os ricos) a 8 (os sem-teto) e governada pelo rei Clarkson e sua linda rainha Amberly, uma plebléia.
America pertence a casta Cinco, dos que vivem da arte e servem os de casta superior. Os Cinco trabalham duro para terem o básico para a subsistência, sem qualquer tipo de luxo ou extravagância. America vive um romance secreto com Aspen, da casta Seis e faz planos de casamento. Praticamente obrigada pela mãe, America se inscreve no sorteio que levará 35 garotas ao castelo para participarem da Seleção, onde uma delas se tornará a esposa do príncipe. O mundo de America desaba quando ela é selecionada e tem que deixar sua família e Aspen para viver a mercê dos caprichos de um príncipe arrogante. Bom, isso é o que ela pensava até conhecer Maxon (em um momento de revolta) e descobrir nele um jovem carinhoso e atraente. De uma forma inesperada, passa a ser um tipo de amiga para o príncipe e vive situações divertidas e outras encantadoras ao seu lado.

"-Está tudo bem, querida? - ele perguntou.
-Eu não sou sua querida.
Levantei a cabeça para encará-lo. Era impossível não notar o nojo no meu tom de voz e nos meus olhos.
(....)
-E você, pelo que luta?
-Na verdade, estou aqui por engano.
-Engano?
-É, mais ou menos. Bem, é uma longa história... Estou aqui. E não estou lutando. Meu plano e aproveitar a comida até você me chutar"
(...)
-America, minha querida, espero muito que encontre algo nesta jaula por que valha a pena lutar. Depois de tudo isso, não posso deixar de imaginar como seriam as coisas se você realmente se esforçasse".

Cercada de luxos que ela nem sabia que podiam existir, America começa sua vida no palácio, tentando permanecer o máximo possível para favorecer a família, que recebe dinheiro enquanto ela estiver na Seleção, e aproveitar as deliciosas refeições. Mesmo sem aspirações à princesa, ela tem que conviver com a disputa acirrada e nem sempre leal das outras garotas. E tudo na frente das câmeras de TV, pois a Seleção é uma espécie de reality show.
Ela passa por momentos de dúvida sobre seus desejos, seus sonhos, saudades da família e de Aspen. Ao final desse primeiro livro, 29 garotas terão voltado para casa e restarão seis para a escolha de Maxon.

Gostei da história e achei uma leitura gostosa, leve. A sociedade distópica é apenas o pano de fundo da trama e não há grandes reflexões a este respeito, apenas explicações da forma de vida das pessoas de castas baixas para que possamos entender o universo da personagem principal e suas motivações.  O primeiro volume tem como foco a transformação de America, de uma simples jovem da casta Cinco para uma elegante aspirante a princesa, talvez, apaixonada pelo príncipe!






2 de set. de 2014

Resenha: BEM-CASADOS - Quarteto de noivas 3

Título: Bem-casados
Autora: Nora Roberts
Editora: Arqueiro
Ano: 2014
Pág.: 288
ISBN: 978-85-8041-305-2


SINOPSE: 
A chef confeiteira Laurel McBane precisou batalhar muito para realizar sua maior aspiração profissional - ser uma doceira premiada. Agora seus bolos de casamento são a própria perfeição obras de arte surpreendentes que complementam as belas fotografias de Mac e os arranjos de flores de Emma.
Após ter conseguido superar um histórico familiar complicado, ela tem o cuidado de não deixar que nada fique no caminho de seu trabalho. Por isso se irrita tanto quando Del, o irmão de Parker, tenta opinar em seus assuntos. Como cultiva um amor secreto por ele há muito tempo, Laurel acha ainda mais difícil aceitar que Del a trate apenas como uma amiga.
Mas certa noite uma discussão acalorada e um beijo ardente mudam tudo. Laurel constata que a realidade é ainda melhor que seus sonhos e Del percebe a mulher incrível que sua visão de irmão mais velho não o deixava enxergar.
Quando a amizade se transforma em algo mais, os dois precisam ter muito cuidado para não estragar o que tinham antes e, ao mesmo tempo, aproveitar a oportunidade que lhes foi dada: ser os protagonistas de uma grande história de amor.

O terceiro volume da série Quarteto de Noivas segue a fórmula dos anteriores e chega tirando suspiros dos românticos.
Desta vez acompanhamos a história de Laurel, a responsável pelos doces e bolos da Votos, empresa de casamento que ela tem com as amigas de infância Parker, Mac e Emma.
Laurel sempre foi apaixonada por Delaney Brown, o irmão de Parker. Quando os pais dele morreram, Del assumiu a responsabilidade pela irmã e consequentemente se sentiu responsável também pelas três amigas inseparáveis de Parker. Esta super proteção incomoda Laurel que gostaria de ser vista por Del como mulher e não como irmã. Mas para o bem da "família" toda, ela tenta superar seus sentimentos até que um beijo inesperado vira o mundo deles de cabeça para baixo! 

"Talvez fosse o champanhe. Talvez fosse apenas loucura. Ou o olhar perplexo e irritado no rosto dele. Mas Laurel seguiu o impulso latente nela há anos. 
Agarrou-o pelo nó perfeito da elegante gravata e o puxou para baixo enquanto lhe segurava os cabelos e o trazia para a frente. Em seguida, colou a boca à dele em um beijo ardente e frustrado que fez seu coração saltar no peito enquanto sua mente sussurrava: eu sabia!"

Os dois vão descobrindo ou redescobrindo seus sentimentos, mas vivem o mesmo dilema de Emma e Jack, o medo de estragar uma amizade linda e antiga.
Além disso, Laurel se sente inferiorizada perante a riqueza e o poder da família Brown. Como se não fosse possível que alguém como ele pudesse realmente se apaixonar por ela. Comentários maldosos só aumentam a insegurança de Laurel que espera que Del finalmente declare estar apaixonado e a peça em casamento. 

Enquanto o casal vai se encontrando, vivendo momentos ardentes e outros de fúria, vamos acompanhando o clima gostoso que reina na mansão dos Brown, sede da votos. Os casais formados nos dois livros iniciais, Mac-Carter e Emma-Jack estão nos preparativos de seus casamentos, felizes e apaixonados. Todos vivem uma amizade gostosa, uma cumplicidade entre os rapazes que assumiram novas posições na família (e estão sempre prontos a ajudar nas festas e imprevistos) e se sentem ainda mais animados com o novo romance entre os amigos.

Uma personagem que tem um destaque maior nesse livro é a Sra. Grady, ou Sra. G. A cozinheira da mansão desde que os Brown eram crianças e que os viu crescer ao lado das três amigas. Ela teve um papel importante na formação de Laurel que até então não tinhamos conhecimento. Pode-se dizer que a participação dela no passado de Laurel foi fundamental para a profissional que ela se tornou.

Nesse livro também tem uma participação mais efetiva de Malcom Kavanaugh, o mecânico e amigo de Del e Jack que parece sempre cruzar o caminho de Parker. Sua presença mexe com ela de um jeito que ela não se sente a vontade. Mas esta é história para o próximo livro...

Para quem está acompanhando a série, Bem-casados é leitura obrigatória. Quem ainda não se entregou ao romance desse quarteto, arrisque-se. É uma leitura gostosa, daquelas que só nos trazem bons sentimentos de amizade, de companheirismo, de cumplicidade e amor. Vale cada página virada.

Agora é esperar o lançamento de Felizes para sempre, previsto para novembro, com mais uma bela e singela capa. 

Conheça os dois primeiros livros da série Quarteto de noivas:

Álbum de Casamento:


Mar de Rosas: