30 de nov. de 2017

Resenha: Estopinha

Estopinha - A autobiografia da vira-lata mais amada do Brasil
Alexandre Rossi
Outro Planeta, 2017

SINOPSE:
Ela é atriz, blogueira, bagunceira e está sempre na TV. Dona de um carisma sem igual, Estopinha Rossi é a vira-lata mais querida do Brasil!
Com quase 3 milhões de seguidores no Facebook, é porta-voz dos cachorros e tem como missão ensinar aos adultos o que os cãezinhos querem de verdade: um lar quentinho, petiscos gostosos e, principalmente, o amor dos humanos.
E ela conseguiu tudo isso! Recolhida das ruas, foi adotada, devolvida por mau comportamento até encontrar uma família que a ama do jeito que ela é.
Com Alexandre Rossi, adestrador e especialista em comportamento animal, Estopinha ganhou voz e hoje dedica-se a mostrar ao mundo a importância da adoção animal e a felicidade que é ter um bichinho na família.
Conheça a história da It Dog Estopinha e todos os seus segredos, do tufinho ao rabico! Você certamente vai se apaixonar por essa vira-lata.

Acredito que todo mundo que participa de alguma rede social já ouviu falar na Estopinha
Essa vira-lata que foi resgatada, adotada e abandonada, teve sua vida totalmente mudada pelo zootecnista, especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi. 

Estopinha ficou famosa nas redes sociais com postagens divertidas. Seu pai, Alexandre, da voz a pequena vira-lata, mas seus seguidores interagem com ela e curtem suas postagens como se fosse a própria cachorrinha publicando. Parece maluco, mas é bem isso mesmo. 

Nesse livro lançado pela Editora Planeta, com o selo Outro Planeta, Estopinha conta sua vida desde o comecinho quando vagava pelas ruas com seus pais biológicos e irmãos até o dia em que tudo se transformou ao ser escolhida pelo Alexandre. Além da "vidica" dela, o leitor encontra dicas para adoção e cuidados com os pets.  É um livro multifunções! E lindamente ilustrado com fotos da estrela da família Rossi, que conta ainda com charmoso cão de pernas longas Barthô e a recém-chegada gata Miah.

Quero destacar os capítulos lindos em homenagem a dois cães que já partiram mas que tiveram papel especial na vida do Alexandre: Sofia, sua primeira "assistente" e Baruck, o labrador que foi o primeiro irmão adotivo da Estopinha na família Rossi. Achei linda a homenagem, pois mesmo partindo esses anjos permanecem no nosso coração.

Estopinha é uma leitura rápida e gostosa indicada para todos os apaixonados por cães. 

Gostou do livro e quer ganhar um? Partipe do nosso sorteio que acontecerá no dia 15/12/2017. Veja como participar clicando aqui.


Estopinha e Barthô


19 de nov. de 2017

Resenha: Origem

Origem
Dan Brown
Arqueiro, 2017

Sinopse:
Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete “mudar para sempre o papel da ciência”. 
O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento… algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana.
Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre.
Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch.
Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo.
Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch… e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo.

De onde viemos? Para onde vamos?
Essas são as duas perguntas que a humanidade tem feito e que o futurólo Kirsch promete responder em uma apresentação virtual bombástica que vai abalar a fé e as estruturas das religiões em escala mundial. Esse é cenário do novo e polêmico livro de Dan Brown.

Como sempre, Dan Brown gosta de abordar assuntos polêmicos, sempre dando sua cutucatinha na igreja. Dessa vez, não seria diferente. 

"Você prefere viver em um mundo sem religião ou sem tecnologia?"

Essa é uma das provocações de Brown faz em seu livro que trás novamente o professor Robert Langdon como protagonista. Langdon estava no lugar errado, na hora errada... ou seria no lugar certo, na hora certa? Bom, como sempre acontece com ele, tudo vai bem até que ele se vê em meio a uma perigosa perseguição, correndo contra o tempo para desvendar mistérios e charadas e salvar o mundo. Seguindo a fórmula já conhecida do autor, Langdon conta com a ajuda de um jovem e bela mulher, neste cado a futura Rainha Consorte da Espanha, Ambra Vidal. 

Inicialmente ambientada em Bilbao, no moderno Museu Guggenheim, a trama guia o leitor para a fascinante cidade espanhola Barcelona, com sua rica arquitetura e as obras de Antoni Gaudí. 

Durante toda a história o leitor fica se perguntando qual seria essa grande descoberta de Kirsch, mas quando o mistério enfim se revela, eu não achei tão impactante assim! O livro tem um bom ritmo... um pouco mais lento no início, mas vai se tornando mais intenso com o passar das horas e as descobertas de novas pistas. 

Tem um personagem que é bem inquietante e que provoca reflexões de onde podemos chegar (e se devemos chegar) com o avanço da inteligência artificial. Winston foi para mim o personagem mais interessante do livro.

Se é o melhor de Dan Brown?  Na minha opinião, não! O tema é ótimo, é questionador e inquietante, mas para quem já leu as outras obras do ator, fica a sensação de saber como as coisas vão acontecer, como vai se desenrolar. Acaba sendo o mesmo roteiro com outra temática.

Ahh, é impossível ler Origem sem dar ao personagem Langdon o rosto de Tom Hanks! 





11 de nov. de 2017

Sorteio (encerrado): Estopinha, a "autobiografia" da vira-lata mais amada do Brasil

SORTEIO REALIZADO. GANHADORA: ANA I J MERCURY



Estopinha, a vira-lata mais famosa e amada do Brasil lançou sua biografia, contando como passou de cãozinha abandonada para a blogueira, atriz e filha amada da família Rossi.

Com 3 milhões de seguidores nas redes sociais, Estopinha diverte e informa os "tios", como ela chama os humanos que a acompanham, sempre com postagens divertidas e um jeitinho especial de "falar". É impossível não amar essa fofa!

Para comemorar nosso amor pelo cães e também tietar um pouquinho essa estrela querida, vamos sortear um exemplar do seu livro, oferecido pela Editora Planeta. 

É super fácil participar, basta residir no Brasil e seguir esses passos bem simples:

1. Curtir e compartilhar em modo público o post do sorteio, marcando dois amigos (Muito importante, não esqueça): encontre o post aqui.

2. Acessar o Yes Ganhei e confirmar sua participação: confirme aqui.

Se gostou da promoção e quer ficar por dentro das novidades, curta também:

-A página da Estante da Ana no facebook: clique aqui


- A página da Editora Planeta no facebook: clique aqui

O sorteiro será realizado no dia 15/12/2017

Atenção: Somente estará apto a receber o prêmio quem cumprir as duas etapas. Caso o sorteado não tenha cumprido uma das etapas, será imediatamente desclassificado e será realizado novo sorteio.

O vencedor será divulgado no blog e na página da Estante da Ana no facebook. Ele terá 5 dias para entrar em contato e informar seus dados para envio do prêmio. 
A Estante da Ana terá o prazo de 30 (trinta) dias para enviar o prêmio para o endereço informado.

O livro a ser sorteado é uma cortesia da Editora Planeta, mas a responsabilidade do envio ao vencedor é única e exclusiva do blog Estante da Ana, não tendo a editora qualquer responsabilidade no sorteio.

2 de nov. de 2017

Resenha: A eternidade numa hora

A  eternidade numa hora
Rubem Alves
2017, Planeta

Sinopse:
Coletânea de três outros livros de Rubem Alves, todos inspirados na poesia do inglês William Blake, A eternidade numa hora reúne crônicas que permitirão ao leitor o mais profundo contato com o que a prosa desse grande escritor brasileiro revela.

Com Um mundo num grão de areia, O céu numa flor silvestre e O infinito na palma da sua mão reunidos em uma única edição, será possível compreender o quão sublime e magnífico é o mundo, a riqueza e infinitude do universo humano e toda a beleza divina - manifestada nas artes, na natureza e nas descobertas humanas. Estes são os temas das crônicas aqui reunidas.

Tocar o infinito, viajar pelo mundo irrevelado que habita cada ser humano como um minúsculo grão de areia e contemplar a beleza que as palavras de Rubem Alves capturam. Seu olhar certamente está transformado ao final da leitura desse livro.

Vou começar a falando que essa capa foi encanto a primeira vista... olha pra ela... estou certa ou não? 

Como essa linda edição contempla três obras do autor, vou falar um pouco sobre cada uma delas separadamente, ok? O que mais me tocou em cada um deles.


Um mundo num grão de areia
O ser humano e seu universo

Amor, mãe, morte, medo, drogas, pai, bagunça... esses são alguns dos temas abordados em Um mundo num grão de areia. Textos curtos, mas que provocam uma reflexão imensa no leitor. Vou falar de um em especial que me tocou demais: O pai.


"Era isso que eu queria ser. Eu queria ser ninho para os meus filhos pequenos. Queria que meu corpo fosse um ninho-penugem que os protegesse, um ninho que balança mansamente no galho de uma árvore ao ritmo de uma canção de ninar...".

É incrível como poucas palavras podem resumir tão bem o sentimento de pais ao olhar o filho pequeno, indefeso. E é isso que Rubem Alves fez tão bem em O pai. Transformou em palavras o amor protetor dos pais. A insegurança e pavor que nos acomete durante a adolescência quando os filhos começam a bater suas asas fora do ninho. Seguida do alívio ao ouvir a porta bater na madrugada, sabendo que o filhote retornou. 
E o medo maior: a solidão do ninho não ser mais ninho.

"Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção no ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora. 
Sei que é inevitável que eles voem em todas as  direções como andorinhas adoidadas.
Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira...
Mas, o que eu queria mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo..."


O infinito na palma da sua mão
O sonho divino ao nosso alcance

No segundo livro que compõe essa edição, um dos textos que mais me chamou a atenção foi Minha herança, onde Rubem Alves nos fala sobre o que de mais valioso podemos deixar aos nossos herdeiros. Uma reflexão sobre o que realmente importa na vida. Simples, mas podemos passar pela vida sem nos dar conta disso.

"Eu quero deixar um pedaço de mim. Pedaços de mim são as coisas que eu amo. Tenho imóveis, um carro e alguns investimentos. Mas não sinto alegria alguma ao pensar nessas coisas. Elas não fazem parte de mim. 
Desejo deixar pedaços da minha alma para os meus herdeiros. E a minha alma é feita de poesia e música.
Preciso fazer um índice dos meus poemas favoritos, para que meus herdeiros possam encontrá-los. Eles saberão que, ao ler os poemas que amo, estarão comigo".

Sobre deuses e rezas também tocou em um ponto delicado das devoções. Será que quem sempre fala de Deus é quem realmente está mais próximo Dele? Veja a reflexão que o autor nos trás:

"Pois Deus é como o ar. Quando a gente está em boas relações com ele, não é preciso falar. Mas quando a gente está atacada de asma, então é preciso ficar gritando por Deus Do jeito como o asmático invoca o ar. Quem fala com Deus o tempo todo é asmático espiritual. E é por isso que anda sempre com Deus engarrafado em Bíblia e noutros livros e coisas de função parecida. Só que o vento não pode ser engarrafado..."


Um céu numa flor silvestre
A beleza em todas as coisas.

No último livro, Rubem Alves nos fala sobre as belezas das mais diversas formas: a beleza revelada pelo divino, a beleza das artes, da natureza e as que o Homem cria e descobre. Me chamou a atenção outro texto sobre Deus, Esquecer para lembrar em que ele nos compara com uma casa antiga que foi pintada diversas vezes, sendo uma tinta coberta por uma nova até que o parede original fica total encoberta. Assim seria nossa relação com muitas coisas no mundo, inclusive Deus.

"Ao nascermos, somos pinho-de-riga puro. Mas logo começam as demãos de tinta. Cada um pinta sobre nós a cor de sua preferência. Todos são pintores: pais, avós, professores, padres, pastores. Ate que o nosso corpo desaparece. Claro, não é com tinta e pincel, é com a fala. A tinta são as palavras. Falam, as palavras grudam no corpo, entram na carne. Ao fim, nosso corpo está coberto de tatuagens, da cabeça aos pés. Educados. Quem somos?"

"Nossos olhos, espelhos, através dos anos, foram sendo cobertos com as pinturas que os religiosos diziam ser imagens do rosto divino. E o espelho deixou de ser espelho. Agora olhamos bem para ele e o que vemos não é o rosto de Deus, mas as palavras que os homens escreveram sobre ele: caricatura grotesca, que não é possível amar. 
É preciso restaurar o espelho (...)".

A eternidade numa hora foi para mim uma leitura diferente do que estou acostumada. Uma pausa, muito bem-vinda, entre romances, suspenses policiais e os demais livros que me atraem naturalmente. E foi uma leitura gostosa, leve, apesar dos temas abordados. Alguns textos promovem uma reflexão maior, outros menos, mas em sua maioria são interessantes pensamentos. Um livro para ter na sua estante e retornar a ele sempre que quiser. 
Com certeza, uma leitura que vale a pena!