30 de jun. de 2015

CONFIRA O RESULTADO DA PROMOÇÃO:SAGA CIDADE DE CRISTAL

 SORTEIO JÁ REALIZADO




Deixe esta ficção recheada de ação, aventura, romance e suspense envolver você!

Guerra Negra, o novo livro da escritora Débora Falcão e o primeiro da Saga Cidade de Cristal pode ser seu! Participe hoje mesmo!

O vencedor receberá em sua casa o livro dedicado e autografado com todo o carinho pela autora, acompanhado de um lindo marcador de páginas.


Para participar, basta residir no Brasil e seguir os passos abaixo (obrigatório):

1. Curtir e compartilhar em modo público o post da promoção no facebook: encontre aqui

2. Acessar o aplicativo Sorteie-me e clicar em "Quero Participar": aqui

E ainda: 

-Curtir a Estante da Ana no facebook: aqui

-Curtir a fanpage da escritora Débora Falcão: aqui

O sorteiro será realizado no dia 30/07/2015 às 18h.


Somente estará apto a receber o prêmio quem cumprir todas as regras. Caso o sorteado não tenha cumprido uma das etapas, será imediatamente desclassificado e será realizado novo sorteio.
O vencedor será divulgado no blog, na página da Estante da Ana e da Débora Falcão no facebook.  Ele terá 5 (cinco) dias para entrar em contato e informar o seu endereço para envio do livro.

A Estante da Ana terá o prazo de 30 (trinta) dias para enviar o prêmio para o endereço informado.

Este sorteio é promovido pelo blog Estante da Ana em parceria com a autora Débora Falcão que irá gentilmente dedicar e autografar o livro para o vencedor. A editora do referido livro não tem nenhum vínculo ou responsabilidade nesta promoção. 

24 de jun. de 2015

A Borboleta e a Joaninha - Lançamento



No último dia 13, aconteceu o lançamento do livro infantil A Borboleta e a Joaninha, da querida Claudia Cafalli.

A escritora recebeu amigos e familiares em uma tarde festiva, onde apresentou a todos o resultado de uma história baseada no amor e contada com muito carinho.

Enriquecendo ainda mais a obra, as ilustrações de Suzana Gasparian são de uma delicadeza encantadora.



Acompanhe alguns momentos do lançamento (fotos: Julia C.Favati)








Bi-boleta e Ju-aninha







SINOPSE:
"Bi-boleta e Ju-aninha moravam na Moita Florida. Amigas inseparáveis, brincavam o tempo todo juntas. Uma asinha de Bi-boleta, machucada num vento forte, fazia com que ela precisasse de ajuda, mas isso nunca atrapalhou a brincadeira das amigas. Ju-aninha estava sempre ao seu lado, animando e divertindo a amiga com suas sapequices, sob o olhar atento de D. Coruja, Sr. Besouro, D. Formiga e D. Cigarra, que as protegiam.
Quando Bi-boleta já estava muito cansada, despediu-se de Ju-aninha, deixou-a com os amigos e achou um jeito de continuar voando por aí, sempre perto de sua joaninha querida".

Você pode comprar o livro diretamente com a escritora (aqui) ou no site da Editora Chiado.

Resenha: Maus


 "A narrativa mais comovente e incisiva já feita sobre o Holocausto."

"Uma obra de arte brutalmente tocante."



Entrei numa onda de ler quadrinhos e hoje tem a resenha de mais um!

O livro de hoje é o Maus, um sucesso que já vendeu milhares de exemplares no mundo todo e continua sendo um triunfo até hoje (com razão!). Esse foi a única Graphic Novel que ganhou um prêmio Pulitzer, em 1992.
Eu me interesso muito por assuntos relacionados à Segunda Guerra mas sempre encontro uma barreira porque a maioria dos livros e materiais acabam não prendendo o público. Mas Maus é simplesmente genial!

O autor contou através de quadrinhos, com uma arte gráfica impecável, a história de seu pai, um judeu sobrevivente do holocausto. Apesar de ser quadrinhos, o livro tem uma leitura pesada, devido ao tema, e uma linguagem um pouco truncada quando é o pai do autor que está narrando, devido aos traumas da guerra e sua história de vida.

O livro é extremamente tocante e leva o autor a conhecer acontecimento da Segunda Guerra que não são muito conhecidos, desde esconderijos, trocas por comida, favores, a visão da população mais rica e várias outras coisas.
Esse volume publicado pela Quadrinhos na Cia já tem todos os livros da coleção Maus, que foram publicados separadamente em outros países.

Uma curiosidade: depois de já ter vendido mais de 10 mil exemplares, algumas livrarias russas retiraram o livro de suas estantes em abril desse ano por conter a suástica na capa (fonte).


É um livro para se emocionar e compreender uma parte importante para a história mundial. Acho que não é um livro para qualquer um ler, precisa ter interesse e vontade no assunto, mas garanto que, se vocês começarem a ler, não vão se arrepender!

Maus
Art Spiegelman
Quadrinhos na Cia
2009

23 de jun. de 2015

Guerra Negra - o novo livro de Débora Falcão




A escritora Débora Falcão está lançando seu novo livro, Guerra Negra. O primeiro volume da saga Cidade de Cristal



Conheça a história, mas prepare-se para ficar louco para ler o livro:


"Keren-Hapuque é apenas uma adolescente de 16 anos quando conhece o jovem mas poderoso Junius de Margeau. Aparentemente, Junius é o líder da seita Irmandade da Luz, para onde Keren se vê arrastada por sua amiga Maureen. As coisas começam a ficar estranhas quando Maureen desaparece e todos os seus colegas da New Order High School parecem fazer parte dessa estranha religião. Seu mau pressentimento em relação a toda aquela aura de paz que circunda a Irmandade acaba por se confirmar quando ela conhece o belo Josh, um judeu que aparece em sua porta afirmando conhecê-la e ter sido designado seu guardião.

Enquanto isso, uma Guerra toma proporções gigantescas, atingindo todo o planeta, e mudando para sempre o que se tem por realidade quando coisas sobrenaturais começam a acontecer".




Guerra Negra é o primeiro livro da saga Cidade de Cristal. O livro já se encontra à venda no site da Editora Deuses, pode também ser comprado autografado e dedicado diretamente com a autora através do email deborafalcao@editoradeuses.com.br.



Mais informações podem ser encontradas através do blog da saga Cidade de Cristal:


O segundo livro da série já está em andamento e tem previsão de publicação no início de 2016, com o título Império da Luz.

Conecte-se a Débora Falcão no facebook

Assista aqui a entrevista com a escritora, onde ela fala com paixão sobre a personagem principal da saga.

18 de jun. de 2015

Entrevista com Débora Falcão - Nova parceira da Estante da Ana

Adoro dar notícias boas!

E a notícia de hoje é de uma parceria que nos deu muita satisfação: a escritora Débora Falcão!

Débora, além de talentosa é uma pessoa simpática e que atende seus fãs com muito carinho. É sempre bom estar com pessoas que amam seu trabalho e que demonstram isso a todo momento. 

Débora está lançando seu novo livro, Guerra Negra, primeiro da saga Cidade de Cristal.

Para comemorar esta parceria, Débora respondeu algumas perguntas para nós e já adiantou para nossos leitores sobre a nova promoção da Estante da Ana que será divulgada nos próximos dias! Imperdível!

Acesse o vídeo e veja se eu tenho razão ou não!


Em breve contaremos para você mais sobre Guerra Negra e os detalhes da promoção. Fiquem ligados.



17 de jun. de 2015

CAPISTA - O profissional que atrai nossa atenção antes da história

Hoje eu convido vocês a conhecerem um pouco sobre um dos profissionais envolvidos na produção dos livros. O autor é a estrela da obra, é claro, mas tem uma série de pessoas por trás das publicações que merece destaque.

O primeiro que vamos conhecer é o CAPISTA. O artista que cria as capas incríveis que chamam a nossa atenção ainda na prateleira da livraria. Para contar um pouco sobre este trabalho, convidamos a Eliane, mais conhecida por Aquila Michaelis, responsável pelas lindas capas da Editora Deuses





A Aquila tem quarenta anos e atua como capista desde 2011.

Aquila quando você se interessou pelo design gráfico?
Em 2008 conheci alguns programas que poderiam me ajudar em um projeto que eu tinha na época. Por curiosidade comecei a mexer e me familiarizar com tudo que eles podiam criar, então resolvi me aprofundar mais, fiz cursos, estudei, me especializei como Designer Gráfico.

Como você chegou na Editora Deuses?
Em 2012, conheci o Sales Rodrigues na Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Na época trabalhávamos para outra editora, todos que faziam parte da equipe dessa editora, marcaram de se encontrarem lá, pois tínhamos contato apenas pela internet. Alguns anos depois o Sales resolveu criar a Editora Deuses e chamou meu marido e eu para fazermos parte da equipe.

O que é mais difícil na criação da capa: quando o autor não tem a mínima ideia do que ele quer ou quando ele já envia suas ideias para a capa?
O mais difícil é quando o autor não tem ideia do que ele quer, daí peço um resumo de no máximo 20 linhas sobre o conteúdo do livro, ou peço a ele para escolher um capítulo, algum trecho que ele ache interessante. Mas, quando o autor me dá total liberdade para criar, as coisas são bem melhores e o resultado final satisfaz o autor e a editora.

Você tem que ler todo o livro para criar a capa? Explique um pouco sobre a dinâmica do processo de criação.
Não. Eu converso com o autor e pergunto o máximo de detalhes sobre como ele imagina a arte final. Alguns conseguem se expressarem bem, mas outros não sabem ao certo o que querem, então leio a sinopse para ter uma base mais ou menos. Na conversa com o autor, o deixo muito à vontade para expressar com todos os detalhes suas ideias. E a sinopse do livro também me ajuda na criação.

Na criação da capa, você vê como mais importante a ilustração ou a tipologia?
As duas coisas precisam ter uma concordância para funcionar bem.

Qual seu gênero de leitura preferido? 
Não tenho muito esse lance de gênero, mas gosto de leitura que atice minha inteligência e me impulsione a pensar e questionar sobre a vida num todo e o futuro.

Qual a capa de sua criação que mais você ficou satisfeita com o resultado?
Foram algumas: 

Inferno Privado-A Máscara de Deus - Volume l e Inferno Privado-Na Sombra do Vale da Morte - Volume ll, do autor Adão Alves




Uma Canção para a Libélula l e ll da autora Juliana Daglio



Arthênia-Dias de Luta - Volume l, do autor Fábio Carlo Uriel, 
Magdalena, do autor Guilherme Schreiner e
O Silêncio da Fenix, do autor Alexandro Gruber, lançado pela Artifício Editora, (essa capa foi só a arte que fiz).




Qual a melhor capa de livro que você já viu até hoje?
Vejo algumas capas como uma verdadeira arte, principalmente as de fora do Brasil.

Pensando no momento da compra, uma boa capa, salva um livro ruim? 
Uma boa capa, na minha opinião, pode até salvar um livro ruim, apenas para "enfeitar" a estante. Beleza com conteúdo ruim não tem valor, é como um sino rachado que perde toda sua majestade.

Uma capa ruim é capaz de transformar um bom livro em fracasso?
Ajuda a fazer com que o público num modo geral não se interesse. Se você chega em uma livraria com aquele mundo de livros, cada um mais "chamativo" que o outro, acredito que seus olhos não vão perceber uma capa ruim. Nossos olhos almejam coisas belas, chamativas e dão pouca importância para algo ruim. Talvez seja só o meu ponto de vista, mas é assim que penso.

Você faz outros trabalhos artísticos, além das capas de livros?
Já participei de bandas, já toquei guitarra, baixo, já fui back vocals, mas no momento estou em busca de novos horizontes e novos desafios.



Encontre Aquila nas redes sociais:



11 de jun. de 2015

Resenha: Eu, Alex Cross


Desde que eu li Os assassinos do cartão-postal, James Patterson entrou na lista de meus escritores de suspense preferidos. Eu, Alex Cross, é o primeiro da série que eu leio, embora seja o oitavo lançado no Brasil.

O detetive Alex Cross está comemorando seu aniversário em família, quando recebe uma ligação da polícia informando que sua sobrinha Caroline foi assassinada e que seus "restos" estão no necrotério. Abalado com a notícia e intrigado pelo termo usado pelo policial, Alex parte imediatamente para acabar descobrindo que sua sobrinha morreu de forma violenta e cruel. E ainda, que Caroline estava se prostituindo. 

Cross começa sua investigação determinado a encontrar o monstro que teria feito aquilo, mas descobre que o assassinato não é um acontecimento isolado, pois outras garotas também desapareceram misteriosamente. Um nome surge: Zeus. Um frequentador de um clube privado que é o principal suspeito, embora ninguém conheça sua verdadeira identidade, apenas que se trata de uma pessoa poderosa.

Para piorar o cenário, pessoas importantes da política podem estar envolvidas, o que faz com que a investigação seja repleta de informações protegidas e ameaças, aumentando ainda mais o mistério.

A narrativa de Patterson é simples e envolvente. Logo na primeiras páginas você já é fisgado pelo mistério que envolve a morte das jovens e passa a montar suas hipóteses. Quando a Casa Branca dá atenção ao caso, ficamos ainda mais intrigados.

Em meio a toda a investigação, Alex ainda tem que lidar com um sério problema de saúde de Nana, a avó que o criou e que ele tem como sua fortaleza. Extremamente afetado pelos acontecimentos, Alex conta com ajuda da namorada e também detetive Brianna.

Todo o mistério gira em torno da identidade de Zeus. Patterson caprichou na crueldade das ações de Zeus, nos detalhes das mortes e na forma como se livram dos corpos. Lembra o que eu disse lá no começo? Os restos de Caroline... Então, chega a dar arrepios de imaginar a cena! 

Posso afirmar que Eu, Alex Cross é uma leitura sensacional e que você vai devorar o livro rapidinho, pois será impossível larga-lo antes de descobrir quem é o poderoso e monstruoso Zeus.

Como eu não li os livros anteriores, eu pouco sei sobre a história de Alex, seus dois filhos, Nana e a namorada. Fiquei curiosa para conhecer sua trajetória e fui pesquisar um pouco. A série Alex Cross tem por volta de vinte livros lançados nos Estados Unidos, mas nem todos vieram para cá. A Editora Arqueiro tem hoje seis livros listados em seu catálogo:



Encontrei dois filmes baseados nos primeiros livros da série, estrelados por Morgan Freeman no papel do detetive:

Em Na Teia da Aranha (2001), Cross investiga o sequestro da filha de um político. Veja o trailler.

Em Beijos que Matam (1997), o detetive investiga o desaparecimento de uma outra sobrinha, que foi sequestrada por um maníaco que mantém jovens reféns e depois as mata. Nesse filme, Freeman divide a cena com Ashley Judd. Veja o trailler.

Ambos os filmes estão disponíveis no Netflix e em versões para assistir on line da internet.

Já leu alguns dos livros da série? Vem me contar!

2 de jun. de 2015

Resenha: Correr - O exercício, a cidade e o desafio da maratona


Bom, vou começar contando o motivo deste livro ter chamado a minha atenção já de cara: eu gosto de correr! Nos últimos dois anos eu descobri o esporte e participei de algumas corridas de rua de pequena distância (5k). Mas não consegui, até hoje, ter a disciplina necessária para aumentar a distância... Vira e mexe eu paro de treinar, recomeço tudo de novo e por aí vai. Então  já dá para entender como este livro foi proveitoso para mim, né? A disciplina do Drauzio é inspiradora, de verdade!

Vamos saber um pouco mais sobre este livro que foi lançado dias atrás pela Companhia das Letras:
O famoso Dr.Drauzio Varella conta o que o motivou a participar de uma maratona (para quem não sabe, a distância percorrida por um maratonista é de 42,195km). Vou estragar a surpresa e contar, pois achei demais: prestes a completar 50 anos, ele encontrou um amigo que não via há mais de trinta anos. Quando comentou a idade que tinha, o amigo, "bem animador" disse: "Ano que vem, cinquenta, idade em que tem início a decadência do homem". Com este comentário em mente, ele se propôs um desafio para provar que a decadência dele não teria início aos cinquenta anos: correr a Maratona de nova York. Nem vou considerar isto um spoiler, pois esta história está no início do livro, ok?

A partir daí, Drauzio vai contando com aquela linguagem simples e descontraída a que estamos acostumados dos seus quadros no programa Fantástico como foi seu treinamento, as dificuldades que enfrentou e sua primeira experiência como maratonista. Faz parte do livro o texto de um vídeo que circulou na internet e que foi mal interpretado por muitas pessoas que acreditaram que ele tinha uma visão negativa da corrida:

"Se ouço alguém dizer que acorda cheio de vontade para correr, nadar, pedalar ou levantar peso na academia, por educação fico calado, mas duvido que seja verdade" (....) Por que tanta gente reconhece que a atividade física é essencial para a saúde mas não consegue abandonar a vida sedentária? Por uma razão simples: praticar exercícios vai contra a natureza humana. (.....) os animais só gastam energia atrás de comida, sexo ou para fugir de predadores". Lido assim, fora do contexto pode até dar margem para erros, mas ele na verdade está dizendo que se esperarmos esta vontade louca vir, não sairemos do sofá nunca, pois ela não vem. Então, temos que ser decididos e deixar o sedentarismo para trás de uma vez por todas. Não ficar esperando um mágica que nos fará amantes do exercício de uma hora para outra. Só depois de sentimos os inúmeros benefícios é que vamos nos apaixonando e tornando a pratica mais prazerosa do que sofrida.

Adorei este relato, pois sempre vemos os adeptos a exercícios dizendo dos prazeres de treinar, de como o corpo é dominado por uma sensação incrível etc. Mas ninguém nos conta como é difícil começar, abandonar as delícias do ócio, dar o primeiro passo, não inventar mil desculpas esfarrapadas para ficar em casa. Isso sim é uma luta! Drauzio conta que o primeiro quilometro é um sofrimento só... eu me identifiquei muito com ele neste aspecto. "Passados mais de vinte anos, meu primeiro quilômetro ainda é dominado por um único pensamento: não há o que justifique um homem passar pelo que estou passando". Não é ótimo saber que alguém que já participou das principais maratonas do mundo sente o mesmo que você? Se isto não incentivar você a enfrentar suas barreiras, nada mais o fará kkk. Ele já me ganhou aí, no comecinho do livro.

Além dos relatos bem humorados de suas participações em maratonas famosas como a de Nova York, Boston, Chicago e Tóquio, Drauzio vai intercalando fatos e comentando importantes pesquisas sobre os efeitos da corridas no corpo humano. As principais lesões, os problemas mais comuns, riscos e benefícios. São os capítulos do livro intitulados de Intervalo.

As passagens em que conta os lugares do mundo em que já treinou (percebe-se que a corrida faz parte do dia-a-dia dele, não importando onde esteja, ele sempre procura um tempinho de calçar o tênis e correr) são uma delícia. Para quem já correu, não importa a distância, sabe a sensação de estar somente você, ali, passada após passada, vendo a paisagem e deixando o pensamento ir longe... Agora imagina fazer isso pelas lindas paisagens do Rio de Janeiro, entre os prédios do centro de São Paulo, em ruas desconhecidas de Miami ou em uma "ilha" formada por um enorme banco de areia no Rio Negro. Ele corre pelo lugares mais inusitados, como a primeira vez que cruzou a Cracolândia em São Paulo.

Ah, lá no começo do livro ainda, ele faz um relato (ou esclarecimento) histórico da famosa corrida do guerreiro que deu origem a Maratona:

"Sempre achei mal contada a história do guerreiro que correu de Maratona a Atenas para levar a notícia da vitória na batalha contra os persas. Segundo a lenda, o rapaz teria gastado seis horas para percorrer os tais 42 quilômetros, avisado que os atenienses haviam derrotado os persas e morrido de exaustão, depois de balbuciar o nome da deusa grega da vitória: Nike (...).. Se já é difícil acreditar que o soldado mais veloz do intrépido exército ateniense corresse tal distância em tempo tão medíocre, que dizer do vexame de cair morto?"

Para concluir, quero dizer que eu recomendo este livro não somente para todos os corredores amadores, mas para as pessoas que tem vontade de começar um esporte, não importando qual seja, que quer promover alguma mudança no estilo de vida, sair do sofá, buscar um benefício para a saúde e outros inúmeros motivos para ter uma vida mais saudável. Fica a lição de que é difícil começar, é difícil permanecer, mas que chega um ponto em que correr (e imagino que qualquer outro esporte também) se torna tão prazeroso, tão envolvente que você continua não só pela saúde, mas por já não conseguir viver sem. Hoje,  aos 72 anos, Drauzio diz:

"Quanto mais velho fico, mais prazer encontro em correr".


Correr - O exercício, a cidade e o desafio da maratona
Drauzio Varella
Companhia das Letras, 2015