29 de jul. de 2020

Resenha: De sangue e ossos

De Sangue e ossos
Crônicas da Escolhida - livro 2
Nora Roberts
Arqueiro, 2020

SINOPSE:

Um novo poder está surgindo 
Fallon Swift pouco conhece do mundo que existiu antes da Catástrofe. As cidades estão destruídas, gangues de criminosos e de fanáticos religiosos cruzam as estradas à procura de sua próxima vítima e aqueles que têm poderes mágicos como ela continuam sendo caçados. 

Prestes a completar 13 anos, Fallon sabe que se aproxima o dia em que sua verdadeira natureza, sua identidade como A Escolhida, será revelada. No meio da floresta, ela começará seu treinamento sob a orientação do feiticeiro Mallick, que vem apurando as próprias habilidades ao longo de séculos. 

A menina aprenderá métodos antigos de cura e técnicas de luta, conviverá com fadas, elfos e metamorfos e precisará descobrir dentro de si um poder que nunca imaginou possuir. Quando o momento certo chegar, Fallon vai empunhar a espada e o escudo e partir para cumprir sua missão. 

Até que ela cresça o suficiente para se tornar a mulher que está destinada a ser, o mundo continuará em perigo. Fallon Swift é A Escolhida, e só ela poderá salvar a humanidade.

Nessa sequência de Ano Um, vemos o mundo já adaptado a nova ordem que se estabeleceu após a Catástrofe com comunidades tentando sobreviver. O vírus já não circula mais, mas a escuridão continua a solta com Rapinantes e Guerreiros da Paz matando os incomuns, o que restou do governo, capturando e torturando os que possuem magia. 
Fallon já é uma adolescente e se aproxima o dia de deixar sua família e seguir Mallick para seus dois anos de intenso treinamento. A maior parte da história do livro 2 é sobre a vida de Fallon com Mallick, mas tem várias passagens que aquecem o coração do leitor que mostram os moradores de Nova Esperança! Os gêmeos Duncan e Antonia estão mais poderosos e é uma delícia vê-los em ação nas diversas missões que assumem na comunidade que prosperou durante os anos que passaram. Temos surpresas com alguns casais que se uniram e formaram famílias. E decepções com traições e ataques a paz da comunidade. 

A escolhida vê seu poder se tornar cada dia mais intenso e a compreendê-lo melhor e aguarda o dia de partir novamente, dessa vez para cumprir o seu destino, que pode estar bem entrelaçado com o do jovem Duncan.... 

Quando vi os três jovens bruxos disparando pelo mundo afora em uma busca, foi inevitável a minha comparação com Harry Potter aparatando com Rony e Hermione. E tem outras coisinhas que também me fizeram lembrar da saga! Não sei se foi viagem minha, mas vi referências sim! 

Agora estou a espera do lançamento do terceiro livro, a Ascensão da Magia que tinha previsão de lançamento somente em 2021. Vamos aguardar!






15 de jul. de 2020

Resenha: Ano um

Ano Um
Crônicas da Escolhida - Livro I
Nora Roberts
Arqueiro, 2019

SINOPSE:
Tudo começa na noite de Ano-Novo. A doença se alastra rapidamente. Em questão de semanas, a rede elétrica para de funcionar, as leis e o sistema de governo entram em colapso e mais da metade da população mundial é dizimada.

Onde existia ordem, agora só há caos. E conforme o poder da ciência e da tecnologia diminuíam, a magia crescia e tomava o seu lugar. Uma parte dessa magia é boa, como a feitiçaria praticada por Lana Bingham no apartamento que divide com o amante, Max. Outra parte dela, no entanto, é inimaginavelmente maligna, e pode se esconder em qualquer canto, numa esquina, nos fétidos túneis sob o rio ou dentro daqueles que você mais ama e conhece…

Espalham-se rumores de que nem os imunes nem os dotados estão a salvo das autoridades que patrulham as ruas devastadas, então Lana e Max resolvem deixar Nova York. Outros viajantes também seguem esperançosos para o oeste: Chuck, um gênio da tecnologia que mantém o bom humor em um mundo off-line; Arlys, uma jornalista que insiste em buscar e registrar a verdade; Fredinha, uma jovem com um otimismo que parece fora do lugar nessa paisagem desoladora; Rachel e Jonah, médica e paramédico, determinados a proteger uma jovem mãe e seus três bebês recém-nascidos.

Em um mundo em que cada estranho no caminho pode representar a morte ou a salvação, nenhum deles sabe o que encontrarão. Porém, um novo horizonte os aguarda, a concretização de uma profecia ancestral que transformará a vida de todos os sobreviventes.

O fim chegou. O início é o que vem agora.

Ano Um foi para a minha lista de leitura imediatamente após eu ler sobre seu lançamento, mas só tive a oportunidade de ler recentemente. É a primeira distopia escrita pela Nora Roberts e ela deu conta do recado brilhantemente! O livro inicia a trilogia Crônicas da Escolhida e começa com um vírus altamente mortal que se espalha pelo mundo rapidamente e elimina a maior parte da população mundial. Nesse momento você deve estar se perguntando o porquê de eu ter escolhido esse livro em plena pandemia COVID-19! Nem eu sei kkkk

O começo da história é assustador com o caos instalado no mundo: vírus letal, morte em poucos dias, violência extrema nas ruas. Ao mesmo tempo que o vírus foi liberado, algumas pessoas começaram a sentir o despertar de um poder desconhecido: magia. Mas como toda magia, essa também tem dois lados. Enquanto muitos escolheram o caminho da luz, outros preferiram a escuridão, o terror, o assassinato e a violência. 

Em meio a esse cenário, os personagens principais da trama vão se destacando. Lana e o namorado Max, ambos bruxos (do bem!). A médica Rachel e o paramédico Jonah. Katie, a mãe de três bebês nascidos durante a catástrofe, Fredinha e Arlys, entre outros que serão os responsáveis por páginas e páginas de luta, de coragem e recomeço. 

Quem já é leitor da Nora Roberts sabe como ela cativa nas histórias com magias e Ano um não é diferente. E como essa trilogia se chama Crônicas da Escolhida, quem seria essa tal escolhida e pra que? Há rumores de que uma criança chegará nessa nova ordem social para enfrentar o poder maligno que se apossou de muitos. Um pouco de esperança em meio a tanto sofrimento e medo. 

E ai, se interessou por essa história? Eu recomendo e já estou lendo o segundo volume: De sangue e ossos, lançado em janeiro desse ano.









6 de jul. de 2020

RESENHA: CORRA, ALEX CROSS

CORRA, ALEX CROSS
James Patterson
Arqueiro, 2014

SINOPSE:

Um cruel assassinato na escuridão
Dentro de um estacionamento em Georgetown, uma mulher é esfaqueada e trancada no porta-malas do próprio carro. Como assinatura, o criminoso corta os cabelos louros da vítima e os deixa espalhados pelo corpo. Designado para o caso, o detetive Alex Cross nem imagina que esse é apenas o primeiro de uma série de pesadelos.

Uma mulher é morta e um bebê desaparece
No mesmo dia, Alex Cross é chamado para uma segunda cena de crime: uma jovem enforcada do lado de fora do sexto andar de um edifício. Assim que a legista responsável descarta a possibilidade de suicídio e informa que a vítima deu à luz recentemente, Cross descobre que não está lidando apenas com um homicídio, mas também com um caso de sequestro.

Alex Cross precisa deter três assassinos

Três dias depois, o corpo de um rapaz é descoberto em uma doca, baleado e com meia dúzia de perfurações ao redor da área genital. Quando os rumores de três assassinos em série se alastram pela cidade de Washington e novas vítimas são encontradas a cada dia, a pressão recai nos ombros de Cross. Uma pressão tão forte que pode afetar sua concentração a ponto de ele não conseguir evitar um perigo mortal que se aproxima de sua família.

Um de meus gêneros preferidos são os romances policiais, cheios de mistérios e reviravoltas. Além do Harlan Coben, de quem sou fã declarada, outro autor do gênero que curto muito é o James Patterson. Tem duas séries dele que são incríveis: Alex Cross e Clube das Mulheres contra o Crime. 

Essa é mais uma história do detetive Alex Cross, um renomado policial com PhD em Psicologia. Desta vez, Alex terá que investigar assassinatos que apontam para três criminosos diferentes, além de lidar com um complicado problema familiar. 

Sabe aquelas histórias em que o assassino é apresentado ao autor já no início, sem mistério? Então, essa história é bem assim. Os três criminosos são identificados para o leitor e não há dúvida sobre a culpa de cada um deles. O suspense fica por conta de qual será a próxima ação dos assassinos e suas reais motivações  e todo aquele inteligente jogo de pistas deixadas para trás e como a polícia as encontra e interpreta.

Dessa vez, Alex chega a ser incriminado por um dos assassinos e se vê afastado da investigação em seu momento mais crucial. No âmbito familiar, a filha adotiva da família Cross, uma jovem orfã de mãe envolvida com drogas, enfrenta problemas da mesma natureza, colocando toda a família em alerta e sofrimento pela menina. 

Um das coisas que gosto no estilo do autor é a riqueza de detalhes nas cenas importantes. Ele consegue descrever o sentimento dos personagens com muita clareza e nas cenas violentas, chega até a incomodar o leitor, tamanha é a veracidade que ele passa.

Se você curte suspenses policiais, eu recomendo ler a série Alex Cross! 

2 de jul. de 2020

RESENHA: A VIÚVA DE SAFIRA



A VIÚVA DE SAFIRA
Dinah Jefferies
Paralela, 2019

SINOPSE:
O ano é 1935. No Ceilão, uma rica colônia britânica do sul da Ásia, Louisa e Elliot vivem um casamento feliz. Ela, filha de um importante comerciante da região; ele, um charmoso homem de negócios. Juntos, eles aparentam ser um casal que tem tudo. Exceto aquilo que mais desejam: um filho.

Durante as diversas tentativas de Louisa de engravidar, seu marido parece cada vez mais distante, passando a maior parte do tempo em uma fazenda de canela das redondezas. Mas a morte repentina de Elliot -- tão trágica quanto misteriosa -- é seguida de revelações chocantes, atirando a jovem numa espiral de incertezas. Quem era, de fato, aquele homem? Por que ele tinha tantos inimigos? Como foi capaz de cometer uma traição tão terrível?

Em busca de respostas, Louisa embarca em uma jornada devastadora. Quando finalmente descobre o terrível segredo por trás de seu casamento, seu mundo vira de cabeça para baixo. Será que ela encontrará forças para seguir em frente? Ou sofrerá, para sempre, as consequências do que parece imperdoável?

A Viúva de Safira é uma história escrita por Dinah Jefferies, conhecida pelo livro O perfume da folha de chá. Neste novo livro, ela volta a ambientar a trama no Ceilão do início do século passado. Louisa é uma jovem esposa que carrega a dor de ter sofrido abortos e sua última gravidez resultar em uma criança natimorta. Ela sofre pelos filhos perdidos, mas o amor pelo marido Elliot e seu sólido e feliz casamento são a sustentação para que ela siga em frente. 

No dia em que comemoraria mais um aniversário de casamento com uma festa para amigos em sua casa, ela recebe a notícia do falecimento do marido em um trágico acidente de carro. E a partir daí ela começa a descobrir segredos do marido que a fazem questionar se viveu os últimos anos mergulhada em mentiras e iludida com um casamento nada feliz. 

Louisa já tinha uma relação complicada com a sogra e tudo se agrava depois da morte de Elliot. Seu apoio é a cunhada Margot, uma personagem ótima que trás um respiro  para Louisa. Seu pai, Jonathan é também um grande apoiador e muito presente na vida dela. Ele trabalha com lapidação de pedras preciosas e Elliot trabalhava com o sogro, além de ter outros negócios.

Uma personagem querida que retorna nessa história é Gwen, a protagonista de O perfume da folha de chá. Amiga de Louisa, ela oferece apoio e companhia nos momentos em que Louisa mais precisa. Com uma bebê nos braços, Gwen ainda sofre pela perda da primeira filha e seus conselhos são preciosos para a amiga. Da mesma forma que Gwen retorna, toda a ambientação da história no antigo Ceilão está de volta com as descrições da autora nos fazem viajar para aquela região. Enquanto na história de Gwen podíamos sentir o aroma do chá na fazendo de seu marido Lawrence, agora sentimos o aroma da Canela, nas plantação de Leo! 

Leo surge na vida de Louisa de maneira inesperada e representa a sua chance de amar novamente. Ele é um personagem forte, um pouco enigmático e muito cativante. Tem suas marcas do passado e vivia sozinho na fazenda de canela até sua prima Zinnia ir morar na fazenda levando seu filho Connor. 

Entre as tantas traições de Elliot, uma se revela a mais grave e dolorida possível e é diante dessa descoberta que Louisa tem que ressignificar toda a sua vida. 

A viúva de Safira é uma história de perdas, traição e recomeços escrita de forma delicada e envolvente, em um ambiente sedutor que estimula a nossa imaginação. Alguns acontecimentos são previsíveis, mas a maneira como eles transcorrem e são narrados criam uma linda história. 

É o terceiro livro que eu leio dessa autora, os três publicados pela Paralela no Brasil. Além de O perfume da folha de chá (conheça aqui), foi publicado Antes da tempestade (saiba mais aqui)