29 de mar. de 2014

Resenha: Trabalhar no Paraíso pode ser um inferno

Título: Trabalhar no Paraíso pode ser o inferno
Autor: Simon Rich
Ano: 2013
Páginas: 216
Editora: Planeta
ISNB: 978-85-422-0117-8

SINOPSE:
Quando Deus decide se aposentar (para realizar seu sonho da vida inteira de abrir um restaurante de cozinha asiático-americana), ele também decide destruir a Terra. Seus empregados recebem a notícia como um avanço, com exceção de Craig e Eliza, dois anjos mal-pagos do humilde Departamento de Milagres. Diferentemente de seu chefe, Craig e Eliza amam seu trabalho – arrebentar hidrantes nas ruas em dias de calor, revelar cédulas de dinheiro em bolsos esquecidos – e se recusam a aceitar que a Terra vai acabar.
Com muito tato, os anjos conseguem fazer um acordo com seu chefe: Deus parará o apocalipse se eles conseguirem concretizar o milagre mais difícil de suas carreiras, que é fazer os dois terráqueos mais socialmente estranhos do planeta se apaixonarem. Com a rápida aproximação do Juízo Final e os humanos ignorando todas as oportunidades no caminho da sua felicidade amorosa, Craig e Eliza terão de mover céus e terras para salvar o casal – e também o resto da humanidade.

Acho que esse é um dos livros mais divertidos e arrebatadores que eu li no ano passado – E olha que eu li muitos.
O americano Simon Rich, além de escrever livros muito inteligentes e engraçados, é redator do programa Saturday Night Live e escreve para o jornal The New Yorker. Ou seja, de escrever ele entende bem!
A história desse livro é a seguinte: A CÉU Ltda. é uma empresa (muito mal administrada, por sinal) e Deus é o presidente dela (mas passa todos os dias jogando golfe), assim como os anjos e arcanjos que são funcionários.
Eu sei que pode parecer um enredo meio estranho, mas a cada página o autor consegue conquistar o leitor mais e mais e fazer nascer uma vontade de que isso seja real.
Vale ressaltar que, embora faça menção ao céu, o livro não tem nenhum apelo religioso, a religião é só o cenário para criar a história.
O ponto crítico para toda a trama é quando Deus começa a pensar no planeta em que ele criou, em como está a humanidade e a administração do mundo. Com isso ele chega à seguinte conclusão: deu tudo errado e a única solução é armar o Juízo Final!
Apenas dois anjos de toda a empresa vão contra essa decisão, Craig e Eliza, que fazem parte do Departamento de Milagres, um setor que ninguém se importa muito.
Totalmente desacreditada em tudo isso, Eliza vai falar com Deus sobre essa loucura toda. Ela foi o anjo responsável por organizar todas as preces que chegavam ao céu antes de serem passadas ao presidente, mas ele nunca leu e nem deu valor ao seu trabalho.
De modo a dar uma chance para os dois anjos, embora tenha certeza de que o esforço deles será em vão, Deus faz um acordo: Não destruirá o mundo contanto que eles consigam atender pelo menos uma prece e deixar o dono dela realmente satisfeito.
É aí que Craig e Eliza escolhem uma prece dupla: um casal que desejava ficar junto. Fácil, né? Afinal, se eles já se gostam é um trabalho a menos.
Isso é o que todos pensamos até vermos todas as aventuras divertidas, piradas e desesperadas que os dois anjos passam para conseguirem juntar o casal.
O livro tem diversos pontos extremamente engraçados como ver Craig interferindo no cotidiano humano, Deus e a sua ideia de montar um restaurante asiático-americano e, o personagem mais hilário, Raoul, o mensageiro de Deus.
Além disso, a história também tem uma pegada reconfortante quando se trata de milagres, nos faz refletir se as pequenas coincidências e felicidades de nossa vida possam ser verdadeiros milagres e não somente algo grande como ganhar na loteria.

Resumindo: É um livro que desperta todas as emoções, para jovens e adultos e indico que todos corram para uma livraria se quiserem ter momentos bem divertidos.

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