29 de jun. de 2016

Resenha: Diário de uma cúmplice

Diário de uma cúmplice
Mila Wander
Essência, 2016

SINOPSE:
Meu nome é Christine, ou pelo menos costumava ser. Professora numa escola infantil, eu levava uma vida bem normalzinha, meio sem graça, até que numa noite eu o vi. Começou com uma paquera descompromissada, daquelas que acontece quando você vê um cara gato do outro lado da rua. Ele me olhou, eu olhei pra ele e sorri. 

Esse joguinho de sedução poderia ter terminado num café, ou quem sabe em um namoro, se ele não tivesse se aproximado de mim e me apontado uma arma. 

Não sei o que me deu para salvá-lo da polícia e abrigá-lo na minha casa. Burrice? Solidão? Não tinha a menor intenção de me tornar cúmplice de um criminoso. Mas seu olhar quente, sua fala mansa e sedutora me enlaçaram de tal forma que, de repente, eu me vi no meio de um turbilhão de acontecimentos. 

    
Agora, refém da paixão por aquele homem, só me restava relatar em um diário como fui me envolver – mais de corpo do que de alma – com a maior quadrilha do país.

Vou começar dizendo que o gênero romance erótico não é um dos meus preferidos, mas esse me chamou a atenção tanto pela linda capa como pela sinopse. E o  romance da brasileira Mila Wander correspondeu as minhas expectativas. 

O livro conta a história de uma desmiolada jovem de 25 anos (que pelas atitudes, mais parece ter 12) e que leva uma vidinha pacata e sem graça como professora de crianças, com quase nenhum amigo e órfã desde os 15 anos. Christine me incomodou um pouco pela imaturidade de suas escolhas, atitudes totalmente impensadas que chegam a ser pouco plausíveis. Superado esse obstáculo (sim, eu aceitei que ela era uma doida inconsequente e segui em frente), pude curtir a trama, muito bem elaborada, por sinal. 

A história é narrada pela própria Christine, que registra tudo em um diário, com o qual foi presenteada pela sua única amiga Lessy no recente aniversário. 


Chris está tranquila na rua quando encontra com um homem lindo que a aborda ferido e no exato momento em que estava fugindo da polícia. Ela, toda atordoada pela beleza do rapaz, o ajuda em sua fuga e lhe dá abrigo, tornando-se assim cúmplice do crime que ele tinha cometido e que ela nem fazia ideia do que poderia ser.


"Mas a verdade é que senti pena. E não sabia o que fazer. Poderia simplesmente correr e ir para casa, mas não dava para deixar aquele homem tão bonito machucado naquela calçada". 

Atraída ao máximo, ela cuida dele e pior, acaba fugindo no dia seguinte ao seu lado, abandonando a vida que conhecia até então. Quando percebe, já está dentro de uma poderosa organização criminosa. E a partir daí, garanto que a vida dela vai só ladeira abaixo... 


"-Quero sair daqui - respondi com o mesmo timbre de má educação.

- Você não tem que querer, Christine. Quem colocou na sua cabeça que você tem o poder de decidir alguma coisa aqui?"

Por ser classificado como um romance erótico, até que não exagera nas passagens picantes. Entre um risco de morte aqui, uns tiros ali, muitas lágrimas e desespero, ela tem alguns episódios bem quentes com o seu bandido charmoso, Miguel. As sequências de ação acontecem com bem mais frequência do que as de paixão e sexo, o que deixou o livro na medida certa, sem ser repetitivo. 


"-Perfeita. Como alguém pode ser tão perfeita?

- Você é perfeito - sussurei.
Ele balançou a cabeça.
-Eu não presto, Christine. Também não te mereço. Mas por não prestar é que vou te ter sem merecer". 

Não abandonei totalmente a ideia de que as atitudes dela eram tão ilógicas e até algumas de suas habilidades descobertas nessa vida criminosa serem improváveis em quem viveu somente dando aulas para criancinhas, mas deixei rolar e aproveitei o melhor da história.


Diário de uma cúmplice é uma ótima leitura. Não conhecia a escritora antes, mas ela já escreveu outro livro do mesmo gênero: O safado do 105, que foi lançado em 2015 pela Editora Planeta e que antes, foi um sucesso entre os leitores do Wattpad. 
Saiba mais sobre O safado do 105 no site da editora, clicando aqui.

Mila também é autora da trilogia Despedida de solteira, Dominados e Meu maior presente. 

22 de jun. de 2016

Geração Bookaholic - terceira edição

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Aproveite para conferir as matérias assinadas por nossa colaboradora, Juliana Cury Rodrigues.




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21 de jun. de 2016

Resenha: Os contos de Beedle, o Bardo









Imagem relacionada
Os Contos de Beedle, o Bardo
J.K.Rowling
Editora Rocco, 2008

Sinopse:

Os contos foram traduzidos das runas originais por Hermione, quando ela o herda de Dumbledore. São cinco histórias diferentes entre si, histórias populares para jovens bruxos e bruxas, contadas há gerações aos filhos.

A primeira das histórias, O Bruxo e o Caldeirão Saltitante tem como protagonista o filho de um bruxo muito bom que, após a morte do pai, decide não ajudar os outros como o pai fazia. A Fonte da Sorte mostra a busca de três bruxas e um cavaleiro por uma fonte, cuja água concede boa sorte a todos aqueles que nela se banharem; em seguida, a mais assustadora das narrativas, O Coração Peludo do Mago, sobre um velho bruxo incapaz de amar e uma donzela que em muito lembra as donzelas dos contos de fadas trouxas; a já conhecida O Conto dos Três Irmãos, citada e contada na íntegra e As Relíquias da Morte e Rowling também apresenta as aventuras da esperta Babbity, a Coelha, e seu Toco Gargalhante.

Um outro livro do universo de Harry Potter, mas com um teor bem diferente dessa vez. Quem já leu as outras obras da série e/ou assistiu os filmes, deve lembrar do Rony comentar sobre esse livro infantil que os pais bruxos liam para seus filhos.
O livro contém histórias infantis do mundo mágico, com uma linguagem lúdica e maravilhosa que já conhecemos. Durante as histórias, a autora faz notas de rodapé com explicações para os “trouxas” e, ao final de cada conto, há uma explicação do professor Dumbledore.
É como um livro de contos de fadas que todos já tivemos, mas com aquele envolvimento de narrativa fantástica.
Vale a pena de ser lido!


3 de jun. de 2016

Resenha: A caderneta vermelha



A caderneta vermelha
Antoine Laurain
Alfaguara, 2016

Sinopse:
“Caminhando pelas ruas de Paris em uma manhã tranquila, o livreiro Laurent Letellier encontra uma bolsa feminina abandonada. Não há nada em seu interior que indique a quem ela pertence – nenhum documento, endereço, celular ou informações de contato. A bolsa contém, no entanto, uma série de outros objetos. Entre eles, uma curiosa caderneta vermelha repleta de anotações, ideias e pensamentos que revelam a Laurent uma pessoa que ele certamente adoraria conhecer. Decidido a encontrar a dona da bolsa, mas tendo à sua disposição pouquíssimas pistas que possam ajudá-lo, Laurent se vê diante de um dilema: como encontrar uma mulher, cujo nome ele desconhece, em uma cidade de milhões de habitantes?”

A caderneta vermelha foi presente da Juliana para mim e de imediato eu já amei a capa. Lendo a sinopse, logo percebi que a história iria me envolver e... Bingo! Li tudo em um dia!

Um assalto que leva sua bolsa e a deixa ferida na calçada em frente ao seu apartamento... 
Um livreiro parisiense que e em uma de sua manhãs totalmente rotineiras encontra uma bolsa jogada junto ao lixo que espera a coleta...

O livreiro é Laurent, que estranhando o fato de ser uma bolsa nova, a pega e percebe que está repleta de objetos pessoais. Sem identificação de a quem possa pertencer, Laurent se encanta com as anotações da dona da bolsa em uma caderneta vermelha e decide encontrá-la, mesmo não tendo quase nenhuma pista. Ele ainda não sabia, mas essa simples decisão o leva a uma aventura que foge totalmente dos padrões de comportamento dele e vai mudar a sua vida!

A história começa assim de mansinho, mas vai te conquistando com as aventuras desse homem divorciado e com uma filha adolescente, mas que ainda sonha em encontrar a mulher de sua vida. 
Não conhecia o autor, Antoine Laurain, aliás, esse é o primeiro romance dele publicado no Brasil. Adorei sua narrativa que tem detalhes na medida certa, nos ambientando pelos lugares onde ele passa em Paris, sem ser maçante. Uma história adorável, sensível e deliciosa.
Foi uma agradável descoberta e a partir de agora, ficarei de olho em futuras publicações de Antoine Laurain por aqui.

"Adorável, inteligente, divertido e imerso na fabulosa atmosfera parisiense." 
Daily Mail


Antoine Laurain nasceu em Paris nos anos 70. Formado em cinema, atua como roteirista e diretor. É também jornalista e colecionador de antiguidades. Escreveu cinco romances entre eles Le Chapeau de Miterrand, que recebeu o prêmio Lauderneau Découvertes e foi adaptado para a TV na França. A caderneta vermelha é seu primeiro livro publicado no Brasil.