Acompanhe os títulos e escolha sua próxima leitura. Nos já escolhemos...
“Doçura, inteligência, graça, suavidade – lembra? Também imaginei que estivessem em extinção, mas descobri que seguem vivas nas páginas de Que ninguém nos ouça. Não que seja uma literatura para mocinhas inocentes: o assunto muitas vezes é barra. Nem Leila, nem Cris saltaram de um conto de fadas. Porém, mesmo quando confidenciam a parte trash de suas trajetórias, a delicadeza continua mantendo o tom. Amargas? Nem que quisessem. Nem que tentassem. É o único talento que elas não têm.
Duas mulheres incomuns e com experiências singulares: só pelo voyeurismo consentido, já valeria dar uma espiada nessa troca de e-mails entre as duas. Porém, basta abrir a primeira página para perdermos a ilusão de que teremos algum controle sobre a leitura. É a Leila e a Cris que seguram o leitor nas mãos: fisgado e rendido, ele ficará preso até a última linha, quando então retornará à vida acreditando novamente na espécie humana.” MARTHA MEDEIROS
A intolerância é um dos maiores problemas da humanidade e a origem de inúmeros conflitos. O contato entre nações que possuem diferentes conceitos morais e visões do que é certo e errado gera ódio e preconceito. Por isso, precisamos cada vez mais de valores universais que possam ser aplicados a todos. Só através deles é possível criar paz e unir a humanidade deixando de lado as divisões de religiões, nações e raça.
Em Moral, Imoral, Amoral, Osho apresenta algumas possibilidades para resolver esta questão. Ele busca encontrar valores que vão muito além de códigos morais de comportamento. Segundo Osho, esses valores podem ser encontrados no interior de cada um. O resultado desta busca é uma unidade entre o que se faz e o que se fala em prol de uma existência mais plena.
Como afirma Osho nesta obra: “Não defendo que se cultive a moralidade, mas que as pessoas se tornem mais conscientes, de modo que sejam morais. Esta moralidade terá um sabor totalmente diferente. Será espontânea, não será pré-fabricada”.
Osho é um dos mestres espirituais mais provocativos e inspiradores do século XX. A influência de seus ensinamentos continua a aumentar, atingindo pessoas de todas as idades ao redor do mundo.
Minha vida com meu pai, Leonel Brizola conta em detalhes a vida de Leonel Brizola sob o ponto de vista de seu filho, João Otávio. Não é uma daquelas biografias “chapa branca”, onde sobram elogios. Da forma mais imparcial possível, João revela como era o seu pai no cotidiano. Não perde tempo enumerando suas grandes obras e conquistas – embora tenha orgulho delas. Afinal, o gaúcho foi o único político a se eleger
governador por dois estados diferentes: Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Amado por muitos, odiado por outros, ele é considerado o herdeiro político de dois ex-presidentes do Brasil, Getúlio Vargas e João Goulart.
Filho de camponeses pobres dos pampas, Brizola formou-se em engenharia, casou com Neuza Goulart, irmã do ex-presidente, e teve Getúlio como um de seus padrinhos. João Otávio lembra como foram os primeiros anos do pai como político, esmiuçando momentos marcantes como o suicídio de Getúlio e o movimento legalista, liderado por Brizola para empossar Jango na presidência após a renúncia de Jânio Quadros. Íntimo tanto do pai quanto do tio, como nenhum de seus irmãos ou dos filhos de Jango foi,
João narra em detalhes os questionamentos que um fazia ao outro. Em especial, conta como foi o golpe militar de 1964 e a tentativa de Brizola, barrada pelo próprio Jango, de retomar o movimento legalista para manter o presidente/cunhado no poder.
Emocionante também são os quinze anos da família no exílio, onde, mesmo estando longe de tudo, Brizola continuava ausente da vida dos filhos, sempre pensando em política. A volta ao Brasil, a criação do PDT, o governo no Rio, a candidatura à presidência e a relação com a família Marinho são outros pontos fortes deste livro. Mais do que uma biografia, tem-se um retrato dos últimos sessenta anos do país.
Em A grande aventura dos Jesuítas no Brasil será possível saber muito mais sobre Manoel da Nóbrega, José de Anchieta, Antônio Vieira, além de outros célebres desconhecidos que tiveram atuação importantíssima em terras brasileiras. Recheado de curiosidades, dramas, tragédias, guerras e muitas histórias, este livro desvenda ações sociais praticadas até hoje. Entender a história é a melhor maneira de explicar a atualidade.
O escritor britânico Ian Crofton tinha um desafio bastante complexo: resumir a história do mundo em apenas 50 momentos mais marcantes. Experiente autor, famoso pelo seu vasto conhecimento enciclopédico, ele demonstra neste volume que conseguiu fazer isto da melhor maneira possível.
Seguindo o espírito da bem sucedida série 50 ideias, ele selecionou os fatos cruciais desde o início da agricultura até o ataque às Torres Gêmeas em Nova York, passando pelo Egito dos Faraós e a Revolução Francesa. E mostra o que se esconde entre diferentes períodos, nomes e episódios amplamente conhecidos do grande público.
O livro 50 ideias de história do mundo que você precisa conhecer não é um mero relato trivial, uma simples lista de fatos que se sucedem sem maiores explicações. Levando em consideração todos os aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais e geográficos, a obra ajuda a entender o passado e como ele interfere no presente e no futuro.
Vi esta escritora nascer. Do pó. Das cinzas. Com que garra. Com que unha e língua. Marina Filizola chega. A este primeiro e contundente livro. Vem. E solta o verbo. A verve raivosa. Doa a quem custar. Custe a quem doer. Não escreve mansa. A gata. Não lambe a cria. Ninguém escapa de sua prosa. Nem ela mesma. A própria. Acaba virando objeto de seu olhar. Aguçado. Impiedoso. Bem-humorado. É uma escrita que enxerga longe. Avante. Por dentro. Há muito tempo eu não via uma contista deste jeito. Dando vexame. Viciada em monólogos ritmados. Frenéticos. Quer seja para falar da noite pauleira-paulistana. Ou para narrar o inferno que é a maternidade. Ave! Não tem quem segure essa mãe. Antes de mais nada, mulher. Coirmã, me parece, de autoras como Ivana Arruda Leite. Bebendo – e como bebe – na mesma fonte da Rê Bordosa, personagem clássico de Angeli. Filizola é, sim. Uma figura animada. Quase uma caricatura. Um borrão no espelho. Digo aqui, é claro. De seu texto. Único. Livro este para se ler numa sentada. Essa verdadeira crônica da vida privada. E tão coletiva. Não é todo dia, repito. Em que aparece uma força assim. Na literatura brasileira. Bem-vinda a este “mundinho”, companheira.
Marcelino Freire – escritor
Ninguém duvida da competência de Miguel Nicolelis. A comunidade científica internacional e as principais revistas do mundo o apontam como um dos maiores ícones da neurociência da atualidade. Mas muitos o questionaram quando ele voltou para o Brasil decidido a ensinar e fazer ciência em uma das áreas mais pobres do Nordeste. Ele próprio dizia estar diante de uma utopia.
O livro Made in Macaíba – a história da criação de uma utopia científico-social no ex-império dos Tapuias é uma lição de vida e de empreendedorismo de quem continua acreditando no Brasil. Nicolelis não só construiu o Campus do Cérebro, que mudou o cenário de uma enorme comunidade carente, mas vem incentivando
milhares de crianças a estudar, a acreditar que as oportunidades existem para todos.
Inspirado no primeiro grande cientista brasileiro, Nicolelis quer abrir caminho para que apareçam outros Santos Dumont país afora. Resgatando a história, ele conta neste livro como isso é possível.
“Kelley seguiu os nazistas para o presídio de Nuremberg. Suas novas ordens eram avaliar a saúde mental dos vinte e dois homens de maior escalão para se defrontar com a Justiça no julgamento vindouro. Suas experiências com os nazistas em Mondorf, e com Göring em particular, continuavam a fazer com que seus pensamentos fossem muito além das preocupações de seus deveres de oficial. Haveria uma falha mental comum a todos aqueles prisioneiros? Eles compartilhariam de um distúrbio psiquiátrico que os fizera participar das monstruosas ações do Terceiro Reich? Trabalhar entre aqueles alemães fez com que Kelley ficasse pensando se ele conseguiria responder às perguntas prementes que ocupavam seu cérebro. Talvez seu estudo científico das mentes daqueles homens pudesse identificar um fator significativo que seria útil para aprevenção da ascensão de um futuro regime nazista semelhante. A necessidade era urgente. Sem sanção oficial, Kelley estava desenvolvendo um plano para explorar os recantos psicológicos do cérebro dos líderes nazistas prisioneiros.”
“São muitos os motivos que tornam Chica da Silva, mulher distante de estereótipos, tão relevante até os dias de hoje. Sem nenhum talento para queixar-se ou chorar pelos cantos, fosse qual fosse a dificuldade, ela seguia em frente, altiva. Não se deixava derrubar nem demonstrava sofrimento, por mais que se sentisse massacrada ou esmagada por dentro. Sua missão foi sempre viver da melhor forma, de cabeça erguida, enfrentando o que fosse necessário, e principalmente acreditando em si mesma. Era toda feita de autoestima.
Viver à luz de exemplos como o de Chica da Silva é a nossa missão. Lutar pelo amor, pelo respeito, pelo direito de sonhar. Lutar contra a servidão e o comodismo. Lutar pelo direito ao amor, em todas as suas nuances. Com a coragem capaz de inspirar homens e mulheres do século XXI, como eu, como você, como todas as pessoas que nos cercam.” JOYCE RIBEIRO
Neste livro, Rubem Alves viaja no tempo e no espaço. Lança o olhar sobre os sonhos, sobre as perdas e ganhos, detendo-se nos pequenos detalhes que fazem toda a diferença, recorrendo a memórias ora felizes ora dolorosas, quase sempre com um toque de nostalgia que não é arrependimento, mas sim uma saudade gostosa de algo vivido em plenitude.